Ecossistemas Marinhos - Recife de Coral

         Os recifes de coral são ecossistemas extremamente antigos, frágeis e muito ricos em biodiversidade. Ocupam 1% do volume oceânico e, no entanto, abrigam cerca de ¾ da comunidade oceânica. Sua conservação é condição indispensável para a sobrevivência deste grande número de animais marinhos.
              A parte viva do coral é apenas a camada superficial e a restante (a parte branca e dura) é o “esqueleto” dessa colônia. Para que seu desenvolvimento seja possível, são necessárias temperaturas relativamente altas, em torno de 25ºC, águas transparentes (com pouco material em suspensão), e devem se desenvolver próximos à superfície devido à sua necessidade de luz para realização de fotossíntese.
         Uma associação simbiótica entre um animal sedentário (cnidário) e um vegetal fotossintetizante (micro-alga), fornece a base para as maiores construções já realizadas pelos seres vivos sobre o planeta. Um exemplo marcante é Grande Barreira de Coral da Austrália. A pequena alga fotossintetizante fornece boa parte do alimento para o coral, enquanto recebe proteção e nutrientes do mesmo.
            Assim, os dois coexistem há milhões de anos, construindo formações que abrigam diversas formas de vida e criando uma verdadeira floresta submarina, com biodiversidade comparável à das florestas tropicais, com uma riqueza de cor e de vida inigualáveis, proporcionando proteção, abrigo e fonte de alimentação. É nos recifes de coral que encontramos os animais mais coloridos, com cores vibrantes. Ali eles encontram lugares para se refugiar, se abrigar, podendo, com certa comodidade, exibir sua beleza. Qualquer distúrbio em seu ambiente pode frear seu crescimento e matar muitas outras formas de vida que deles dependem, direta ou indiretamente.
            Existem três tipos principais de recifes de corais:

Recife em franja: formando-se a partir da linha de costa e crescendo em direção ao oceano;

Recife de barreira: também margeiam o litoral, mas a uma distância da costa, separados da massa continental por um canal ou lagoa que podem apresentar grandes profundidades;

Atol: geralmente tem forma circular ou oval com uma lagoa central, partes do recife podem emergir formando ilhas que são interrompidas por quebras do recife que permitem acesso para a lagoa central.

Existe ainda a possibilidade de um recife em franja que forma-se ao redor de uma ilha vulcânica submergir, e ao mesmo tempo continuar crescendo, onde  progride para um recife em barreira e posteriormente para um atol.       

            A principal razão pela qual não há grande ocorrência de recifes de coral no litoral do Brasil é a turgidez das águas costeiras, fruto da imensa carga de sedimentos carregados para a costa por inúmeros e extensos rios. Mesmo assim, no litoral brasileiro existem algumas formações coralinas, entre as quais se destacam: Abrolhos, Atol das Rocas e Parcel Manoel Luís, todas na região nordeste.
            Em muitas partes do mundo, a principal causa de destruição dos recifes de coral está ligada à acentuada erosão continental causada pelo desmatamento. Recentemente, constatou-se uma nova ameaça aos recifes de coral, o “bleaching” ou embranquecimento, que parece estar relacionado ao efeito estufa e, conseqüentemente, ao aumento da temperatura do planeta e dos mares. Além dessas, outras causas da destruição dos recifes de coral são: a extração dos mesmos para a confecção de joias, calcário, decoração e aquariofilia; a pesca predatória e a poluição das águas. 

Fonte: Adaptação de Sabina Wiki

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