Mundos Invisíveis

Antonie de Saint-Exupéry já nos dizia: "O essencial é invisível aos olhos", do mesmo modo que para descobrir este invisível foram necessários diversos cientistas e diversas etapas.
No livro Mundos Invisíveis é exatamente isso o que vemos, desde a primeira descoberta sobre do que tudo é formado até outras seguintes à esta, que estão tanto envolvidas em química como em física.
Sabemos que envolvendo ciência, não existe maneira de estudar as áreas separadamente, pois tudo está interligado, e com as descobertas escritas no livro é possível ter mais certeza disso.
Notamos essa mistura de áreas no trecho a seguir:
"No mundo nada se perde, nada se destrói e tudo se transforma, diz a lei de conservação da matéria de Lavoisier. Pensando nisso, o cosmólogo Marcus Chown, consultor da revista New Scientist, estimou que, cada vez que respiramos, estamos inspirando pelo menos um átomo de matéria que um dia fez parte do corpo de Albert Einsten, Cleópatra, Marilyn Monroe ou do último tiranossauro que viveu sobre a Terra.
Os átomos - os tijolinhos que compõem toda a matéria do mundo - são tão pequenos, mas tão pequenos, que seriam necessários 10 milhões deles, dispostos lado a lado, para preencher o espaço ocupado pelo ponto final ao fim desta frase. Se o núcleo do átomo tivesse o tamanho de um grão de areia, e se ele estivesse bem no centro do gramado do estádio do Maracanã, os elétrons estariam girando em torno do anel da arquibancada."
Assim, aqueles que interessam-se por ciências, em saber como muitos descobrimentos científicos ocorreram e ainda um pouco sobre os principais nomes envolvidos, com certeza gostarão deste livro.

By: Chris

Convite - Projeto Posse Responsável

Aquecimento do Ártico está liberando na atmosfera substâncias tóxicas presas em gelo e água

O aquecimento do Ártico está liberando na atmosfera substâncias químicas tóxicas que estavam presas no gelo e na água gelada, descobriram cientistas canadenses e noruegueses. Os pesquisadores avisam que a quantidade de material venenoso na região polar é desconhecida e sua liberação poderia "minar os esforços globais para reduzir a exposição ambiental e humana a eles".

De acordo com reportagem publicada no "Guardian", os produtos químicos incluem os pesticidas DDT, lindano e clordano, assim como os bifenil policlorados (PCBs, na sigla em inglês) e o fungicida hexaclorobenzeno (HCB). Todos eles são conhecidos como poluentes orgânicos persistentes (POPs), proibidos pela Convenção de Estocolmo em 2004.

Os Pops podem causar canceres e má formação em fetos. Eles levam muito tempo para se degradarem. Na últimas décadas, as baixas temperaturas do Ártico prenderam as substâncias em gelo e água resfriada. Mas cientistas no Canadá e na Noruega descobriram que o aquecimento global está liberando esses compostos novamente. O trabalho dos cientistas está publicado na "Nature Climate Change".

Fonte: O Globo

Descoberta coloca tartarugas próximas aos lagartos em árvore genealógica

Por décadas os cientistas tentam relacionar as tartarugas aos demais répteis. Suas características únicas, como o casco e a cabeça retrátil, dificultam sua classificação. Sabe-se que elas evoluíram de um ancestral comum aos pássaros, lagartos e cobras cerca de 300 milhões de anos atrás. Mas quais são os parentes próximos da tartaruga atual?

Alguns cientistas analisaram os genes das tartarugas e descobriram que elas são parentes próximos do grupo de animais que inclui crocodilos e pássaros. Outros, comparando as características físicas das tartarugas e outros répteis, as colocaram em uma subclasse de animais que inclui lagartos, crocodilos e pássaros.

Agora, pesquisadores da Universidade de Yale usaram uma nova abordagem envolvendo genética e os resultados indicam que as tartarugas são parentes próximos dos lagartos. Os cientistas utilizaram microRNA — pequenas moléculas que controlam a atividade genética e podem ativar ou desativar genes — para estudar a evolução dos bichos.

Depois de descobrirem centenas de microRNA em lagartos, os especialistas compararam as descobertas com o material genético de crocodilos e tartarugas. A equipe descobriu que quatro microRNA presentes no lagarto também existiam na tartaruga, mas faltavam nos pássaros, crocodilos e todos os outros animais.

De acordo com os autores da pesquisa, apesar de os microRNA se desenvolverem rapidamente nos animais, eles permanecem virtualmente inalterados. É um tipo de mapa molecular que permite rastrear a evolução das espécies. Os pesquisadores afirmaram que precisam de mais dados para confirmar, sem sombra de dúvidas, que as tartarugas e os lagartos são primos evolutivos.

A equipe pretende usar a análise de microRNA em outros animais para ajudar a determinar origens e relações em outras espécies. Além disso, os cientistas estão desenvolvendo uma plataforma na internet para compartilhar a técnica com outros pesquisadores ao redor do mundo.

Fonte: Veja

Florestas: para salvá-las é preciso conhecer seu valor

Seria muito mais fácil entender o valor da floresta se nós compreendêssemos o mundo como os Yanomami. Para eles, as árvores mais altas sustentam o firmamento e sem as florestas o céu desabaria sobre o mundo. Mas nossa sociedade não acredita que o céu possa desabar, pelo menos literalmente, e só é capaz de compreender a importância de alguma coisa quando traduzida em cifras.

E é justamente desta fixação por cifras que vêm as grandes ameaças às florestas atualmente. De acordo com a Organização Internacional de Madeira Tropical (ITTO, em inglês), a elevação dos preços de alimentos e combustíveis são uma ameaça na Amazônia, Congo e Sudeste Asiático, onde estão as maiores áreas de matas tropicais do planeta. Sem calcular um valor monetário para as florestas, derrubá-las ainda vai continuar a ser encarado como um investimento maior do que preservá-la.

Para a ITTO, o valor da floresta pode ser traduzido no potencial madeireiro que ela mantém. Explorar este potencial de forma sustentável seria então a alternativa para conservá-la e ao mesmo tempo usá-la de forma lucrativa. O problema é o baixo preço da madeira tropical, que prejudica as iniciativas de certificação.

“Os preços da madeira são geralmente baixos ao mesmo tempo em que os preços dos alimentos e os biocombustíveis aumentam rapidamente”, afirma o vice-diretor da Fundação Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação Internacional, Jürgen Blaser, um dos autores do relatório. “Mas nos países ricos, os consumidores parecem dispostos a pagar significativamente mais elevados preços da madeira certificada ou com legalidade verificada”, completa.

O engenheiro florestal Niro Higuchi, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), concorda que a exploração sustentável da madeira é um caminho para preservar a floresta , inclusive na Amazônia. Para ele, a floresta é um recurso que deve ser utilizado com cuidados e em benefício de quem vive na região. Higuchi coordena estudos que buscam melhorar o aproveitamento da madeira retirada da floresta e desenvolver produtos com alto valor agregado.

Para ele, uma árvore pode valer muito mais do que dezenas de hectares explorados mesmo de forma sustentável, basta saber aproveitá-la. Ele cita o exemplo de instrumentos de madeira da Amazônia, que utilizam pouquíssima matéria-prima e podem custar mais de R$ 1.500,00. Higuchi faz uma comparação entre pratos de madeira, vendidos em lojas especializada em Manaus com o preço do metro cúbico de madeira nas serrarias. Um metro cúbico de boa madeira pode custar R$ 1.500,00. Com esta mesma quantidade de matéria-prima, podem ser produzidos mais de 500 pratos, vendidos cada um por R$ 100,00, num valor total de R$ 50.000,00.

O pesquisador não descarta a produção de madeira na Amazônia, mas critica a concessão de florestas públicas para a iniciativa privada. “Estamos oferecendo produto ao mercado, e com isto reduzindo o valor”, afirma. “A exploração deveria ser feita em propriedades particulares e não em terras públicas”, completa. Ele é um crítico da certificação, mas defende o cumprimento da legislação brasileira na exploração da madeira.

Manejo sustentável

Nos últimos cinco anos, áreas de florestas tropicais sob manejo sustentável cresceram 50%, segundo a ITTO. Mas 90% delas estão mal gerenciadas ou não tem nenhuma forma de administração. Iniciativas que remuneram os serviços ambientais e conservação da biodiversidade são vistos como alternativas para que a conservação das florestas seja mais atraente economicamente do que derrubá-las.

O relatório preparado pela ITTO e pela Organização Mundial de Alimentação (FAO) para a Cúpula de Brazzavile, República do Congo, em junho, apresenta uma série de dados que demonstra o desperdício atual e a incapacidade dos países que têm florestas de aproveitar seu potencial econômico. A perda de florestas, só na década passada, por exemplo, reduziu o total de carbono que estocam em 1,2 gigatoneladas, segundo estimativa publicada no relatório.

O ritmo de destruição nas três grandes florestas tropicais está caindo, conforme a publicação. Entre 2000 e 2010, segundo o relatório, 5,4 milhões de hectares de florestas foram derrubadas em média por ano, entre 2000 e 2010, um ritmo 24% menor do que na década anterior, quando 7,1 milhões de hectares de florestas eram destruídos por ano.

Infelizmente, a América do Sul contribuiu com a maior parte desta derrubada. Mais da metade do desmatamento de florestas tropicais no mundo ocorre na Amazônia. A região perdeu cerca de 3,6 milhões de hectares, por ano, de matas na década passada. No Sudeste Asiático, o ritmo de perda foi de 1 milhão de hectares anuais. E na Bacia do Congo, 700 mil hectares por ano.

O relatório indica ainda que não sabemos aproveitar estas florestas economicamente. Apenas 3,5 por cento do total de florestas é manejada de forma sustentável. Menos de 1% tem tem algum tipo de certificação. Porém o espaço destinado para conservação da diversidade biológica está aumentando e quase 200 milhões de hectares de florestas (18%) na Amazônia, Congo e Sudeste Asiático estão demarcados como áreas protegidas.

“Infelizmente mercados que remuneram tais serviços, onde eles existem, continuam na sua infância. Em face de pressões econômicas e sociais para converter terras florestadas para outros fins”, diz o relatório, assinado pelos representantes da FAO, Eduardo Rojas-Briales, e da ITTO, Emmanuel Ze Meka. “É essencial que todos os valores das florestas tropicais sejam reconhecidos e adequadamente recompensados para promover sua conservação e o manejo sustentável”, continua o texto.

Redução da pobreza

Para o Programa Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), as florestas podem ajudar a reduzir a pobreza no mundo. Em um relatório apresentado no mês de junho, o Pnuma calcula que acrescentar US$ 40 bilhões por ano ao que já é investido no setor florestal poderia criar milhões de empregos, e ao mesmo tempo reduzir pela metade o desmatamento até 2030 e aumentar o plantio de árvores em até 140% até 2050.

O valor equivale a dois terços do que é investido atualmente e poderia também aumentar em 28% a quantidade de carbono retirada hoje da atmosfera pelas florestas. Para o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, investimentos no setor florestal podem ajudar a transição para uma economia que emita menos carbono. "A iniciativa Green Economy identificou o setor florestal como um dos dez capazes de impulsionar a transição para uma baixa emissão de carbono", afirma.

A iniciativa da Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, em inglês), que inclui os oito países mais ricos do mundo e as cinco maiores economias em desenvolvimento, já calculou por exemplo que os danos provocados pelo homem à natureza em todo o mundo podem custar entre entre US$ 2 trilhões e US$ 4 trilhões. O relatório preliminar da TEEB, que deve dar uma visão mais ampla sobre o valor da conservação, e das florestas, será apresentado em junho do ano que vem, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20).

No território brasileiro também estão sendo realizados estudos semelhantes. A TEEB Brasil é realizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Pnuma e Conservação Internacional do Brasil. "O que se espera do estudo e uma maior eficiência e coerência na gestão dos recursos naturais do Brasil, contribuindo para o desenvolvimento local e regional", explicou o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias.

O desafio é mostrar que para desenvolver a região não é necessário destruir a floresta. Aliás, o desmatamento não tem contribuído para que a Amazônia, por exemplo, se torne mais desenvolvida. Higuchi destaca que 70 milhões de hectares de florestas brasileiras já foram desmatados, sem que gerassem desenvolvimento. Ele defende que estas áreas podem ser aproveitadas para a produção, sem que o desmatamento continue. “Mesmo que a gente venha a proteger só por proteger, sem buscar resultados econômicos, já estamos mantendo a biodiversidade. Mesmo não tendo resultados hoje, as gerações futuras vão nos agradecer a gente”.

Fonte: O Eco

Meteorito possui os requisitos necessários para a construção da vida

A hipótese de que o início da vida na Terra pode ter sido semeado nas estrelas recebeu um grande impulso, já que os cientistas da British Columbia identificaram moléculas orgânicas.

O referido meteorito caiu em janeiro de 2000. Ao penetrar a atmosfera terrestre, transformou-se em uma bola de fogo explodindo em mais de 500 fragmentos que caíram no lago Tagish. A análise destes fragmentos revelou compostos básicos que podem ter dado origem à vida na Terra; dentre eles aminoácidos, açúcares, e hidrocarbonetos.

Esse meteorito é o único exemplo não contaminado encontrado pelos pesquisadores. Graças às ações rápidas os cientistas descobriram compostos orgânicos nos fragmentos. O meteorito foi formado a partir de pedaços de gelo presos em torno da órbita de uma estrela, após milhares de anos o aquecimento do gelo teria originado os compostos encontrados. As amostras estudadas possuíam matéria orgânica com propriedades distintas das relacionadas à maioria dos asteroides.

Um estudo como esse é importante porque auxilia na comprovação de hipóteses sobre a origem da vida na Terra relacionada a corpos extraterrestes. Até o momento a pesquisa afirmou a possibilidade de existência das substâncias orgânicas em meteoritos, além de intensificar os estudos sobre vida em outros planetas.

Fonte:  Jornal Ciência

Sapo considerado extinto surge após 85 anos

Oitenta e cinco anos depois da última observação do sapo do arco-íris - Ansonia latidisca – os cientistas conseguem fotografias inéditas da rara espécie de anfíbios.

As imagens foram captadas em florestas na província de Sarawak na Malásia, onde os pesquisadores encontraram três sapos dessa espécie em árvores.

A motivação da pesquisa surgiu a partir da divulgação de uma lista dos 10 animais mais procurados pela Conservação Internacional Global de Anfíbios Desaparecidos, esta publicação apresentava anfíbios que não eram observados há mais de 10 anos. Antes de obter sucesso, os pesquisadores da Malásia Universiti Sarawak já haviam investigado uma área de aproximadamente 1330 metros.

Até que em uma noite um dos estudantes que integrava a equipe de pesquisadores encontrou o tão procurado sapo a dois centímetros de altura em uma árvore. Os biólogos afirmam que descobertas como estas são de extrema importância para a manutenção da saúde dos ecossistemas, já que os anfíbios são um dos principais indicadores da saúde ambiental e cujos benefícios aos seres humanos não devem ser subestimados.

Os três sapos encontrados estavam em árvores diferentes. Os cientistas se emocionaram com as imagens, e consideram ser um verdadeiro privilégio a possibilidade de observar estes anfíbios em seu habitat após quase 90 anos.

Fonte: Jornal Ciência

Cadeia de vulcões submarinos é descoberta na Antártida


Um cadeia de vulcões submarinos foi descoberta na Antártida pelo centro de pesquisas British Antartic Survey (BAS).

Os vulcões estão perto das ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, territórios britânicos. Alguns vulcões têm 3 mil metros de altitude - quase a dimensão do Monte Fuji, no Japão. Foram descobertos 12 vulcões submarinos, sendo que 7 deles estão ativos.

Se entrarem em erupção, podem causar tsunamis - mas isso não é tão preocupante, já que não há pessoas que vivem perto da região. Também foram encontradas na área várias crateras, de até cinco quilômetros de diâmetro.

A descoberta interessa não tanto pelo risco que os vulcões podem causar, mas pela vida submarina que eles proporcionam. Os vulcões submarinos ativos são fontes hidrotermais, um habitat que existe em outros planetas como Júpiter. De acordo com os cientistas, as rochas submarinas são um ambiente propício para a vida de peixes e outras vidas marinhas.

Os pesquisadores do BAS afirmam que a descoberta da cadeia de vulcões foi uma surpresa, identificada com um equipamento de mapeamento do solo oceânico.

Fonte: National Geographic

Lesmas comidas por pássaros sobrevivem à digestão

Imagine comer um animal e depois vê-lo sorrindo de volta pra você, ileso, da privada.

Algo parecido acontece com pássaros que comem lesmas, segundo pesquisa recente que mostra que as lesmas podem sobreviver à passagem pelo trato digestivo do pássaro.

Uma lesma ainda chegou ao ponto de dar à luz novas lesminhas após sua jornada pela barriga do pássaro.

O estudo, publicado na última edição do Journal of Biogeography, mostra como a caça, em alguns casos, pode não ser tão ruim para a presa. Há muito tempo se sabe que algumas sementes consumidas pelos pássaros sobrevivem à digestão e geram plantas fortes após serem dispensadas nas fezes. Como a semente fica envolta em fertilizante, acaba se realizando um processo natural de agricultura.

Essa pesquisa mostra como pelo menos alguns moluscos se beneficiam de uma série parecida de eventos.

Para a pesquisa, liderada pelo pesquisador Shinichiro Wada, da Universidade Tohoku, mais de 174 lesmas terrestres (Tornatellides boeningi) foram dispostas como alimento para duas espécies de pássaros, o Zosterops japonicus e Hypsipetes amaurotis. “14,3% e 16,4% das lesmas, respectivamente, sobreviveram ao sistema digestivo dos pássaros”, escreveram os pesquisadores, acrescentando que uma lesma deu à luz após passar por essa viagem no mínimo estranha.

Essa espécie de lesma (você pode ver a foto de uma aqui) é predominante nas Ilhas Ogasawara, sul de Tóquio, onde também vivem os pássaros.

Os cientistas concluíram “que as lesmas terrestres podem realmente sobreviver ao trato digestivo dos pássaros”.

Fonte: Discovery Notícias

Oceanos estão absorvendo menos carbono

Os oceanos têm papel fundamental no cenário global de mudanças climáticas. São responsáveis por consumir cerca de um terço de todas as emissões de carbono promovidas pela ação humana, reduzindo o dióxido de carbono atmosférico que está associado ao aquecimento do planeta.

Mas por quanto tempo os oceanos continuarão a sequestrar o carbono antrópico nos níveis atuais é uma grande incógnita. Estudos feitos chegaram a resultados conflitantes sobre em que níveis as alterações no clima afetam esse sequestro.

Uma nova pesquisa, cujos resultados foram publicados no domingo (10) na revista Nature Geoscience, fornece evidências observacionais para concluir que as mudanças climáticas estão afetando negativamente a absorção de carbono pelos oceanos.

"A conclusão é que os oceanos estão consumindo menos carbono justamente por causa do aquecimento promovido pelo próprio carbono na atmosfera", disse Galen McKinley, da Universidade de Wisconsin-Madison, um dos autores do artigo.

O novo estudo difere de anteriores pela extensão de dados tanto em relação ao espaço como ao tempo. Os pesquisadores não se limitaram a determinadas áreas e extrapolaram os resultados para regiões maiores, mas utilizaram dados da maior parte do Atlântico Norte e do período de 1981 a 2009.

Com a grande amostragem, os cientistas identificaram um elevado grau de variações naturais que frequentemente mascara padrões de mudanças a longo prazo, o que pode explicar por que estudos anteriores apresentaram resultados antagônicos.

"Como os oceanos variam muito, precisamos de dados de pelo menos 25 anos para realmente identificar os efeitos do acúmulo de carbono na atmosfera. Essa é uma questão muito importante: o que é variação natural e o que é mudança climática", disse McKinley.

Nas últimas três décadas, o aumento no dióxido de carbono atmosférico tem sido largamente equilibrado pelo aumento correspondente no dióxido de carbono dissolvido na água do mar.

Mas o novo estudo mostra que as temperaturas mais elevadas estão diminuindo a absorção de carbono em uma grande área no Atlântico Norte subtropical. A água mais quente não é capaz de manter tanto dióxido de carbono como a mais fria.

Os pesquisadores destacam a importância de se ampliar os dados para utilização em novos estudos e a expansão da análise para outros oceanos.

Fonte: National Geographic

Descoberta de fóssil mexe com debate sobre extinção dos dinossauros

Paleontólogos norte-americanos descobriram o até agora fóssil mais novo já encontrado no mundo. Trata-se de um chifre de 45 centímetros que ficava na testa de um tricerátopo ou de um torossauro que provavelmente viveu há cerca de 65 milhões de anos atrás.Mais importante que o fato de ser o fóssil mais novo, o chifre mexe com o debate sobre a forma como os dinossauros foram extintos.

A teoria mais aceita é de que há 65 milhões de ano, um meteoro caiu na região que hoje é a península de Yucatán, no México, levantando uma nuvem de poeira sobre o mundo que impediu a luz solar de chegar às plantas, que não puderam fazer fotossíntese e morreram, e assim os dinossauros herbívoros morreram por não terem alimento, o que por fim ocasionou a morte dos dinossauros carnívoros que também ficaram sem alimento.

Só que uma teoria corrente entre cientistas é de que no momento em que o meteoro atingiu a Terra, já quase não existiam mais dinossauros, ou até mesmo que estavam totalmente extintos. Eles acreditam que os animais haviam morrido devido às mudanças climáticas daquele tempo, que contava com intensas atividades vulcânicas e nível dos mares mais elevado.

A teoria da extinção pelas mudanças climáticas ganhou força porque nenhum fóssil foi encontrado na área de solo de três metros correspondente as eras Cretácea e Terciária. Esse solo é formado por rochas sedimentares, que contêm irídio e quartz, que seriam as provas de que o meteoro caiu na Terra nesse período. O chifre agora descoberto estava há apenas 13 centímetros dessa região do solo, o que, para seus descobridores, prova que tricerátopo ou torossauro que o tinha na testa estava andando pela Terra quando o meteoro caiu.

Fonte: Revista Galileu

Museu em Londres exibe borboleta metade fêmea e metade macho

Até o dia 11 de setembro, os visitantes do Museu da História Natural de Londres poderão ver algo muito raro: uma borboleta hermafrodita, ou seja, metade macho e metade fêmea. Ela acabou de sair do período de incubação e, para se ter uma ideia de como é especial, apenas 0,01% das borboletas tornam-se hermafroditas. No museu de Londres, são 200 borboletas desse tipo dentro do acervo de 4,5 milhões.

Na foto, o lado esquerdo, mais escuro, corresponde à poção masculina. Já o lado direito, mais colorido, é a porção feminina. A borboleta possui órgãos sexuais de ambos os gêneros e até suas antenas são cada uma de um tamanho.

Esse fenômeno ocorre devido a uma falha na hora da divisão de cromossomos no processo de fertilização da borboleta. Luke Brown, funcionário responsável pelas borboletas no Museu da História Natural de Londres, disse em entrevista à BBC que “saltou pelas paredes” quando soube que umas das borboletas tinha se tornada hermafrodita. Brown já viu saírem do período de incubação mais de 300 mil borboletas, e essa foi a terceira vez que uma delas surgiu com os dois sexos.

A exibição vai até dia 11 de setembro, mas quem quiser vê-la deve se apressar. As borboletas tem um período de vida de um mês. Assim que ela morrer, irá fazer parte do acervo do museu.

Fonte: Revista Galileu

Nova espécie indica relação entre cerrado e restingas

Um nova espécie de roedor foi descrita no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, no norte do litoral fluminense, o Cerradomys goytaca, por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRR). A descoberta foi publicada na revista científica Journal of Mammalogy, pelos pesquisadores William Correa Tavares, Leila Maria Pessôa e Pablo Rodrigues Gonçalves. O gênero Cerradomys, como o nome indica, é típico do cerrado. Por isto os pesquisadores querem conhecer melhor a relação entre as áreas de savana no interior do país e a restinga no litoral.

“A restinga sempre foi considerada um ambiente da Mata Atlântica”, afirma o biólogo Pablo Rodrigues Gonçalves, doutor em Zoologia e professor do Campus Macaé, da UFRJ. Mas, como ele destaca, existem outras espécies típicas de áreas mais abertas, com cactus, encontradas na restinga e que não existem na Mata Atlântica. “Possivelmente em algum tempo passado, quando o clima era bem diferente de hoje, existiu alguma conexão entre o cerrado e a restinga, quando a espécie ancestral se dispersou para o litoral”, completa.

O corpo do ratinho-goitacá mede em torno de 14 centímetros (30 centímetros até a ponta da cauda) e tem pelagem característica do gênero, amarelada, com ventre branco e acinzentado ao redor dos olhos. Já a cauda bicolor, com a parte superior escura e a base branca, é característica da espécie descrita na restinga. Gonçalves afirma que o C. goytaca é o maior do gênero e possui também diferenças no crânio em relação aos parentes do gênero.

O presença do bicho na região já era conhecida, mas se pensava que era a mesma espécie encontrada no interior do país. Há até pouco tempo, era descrita apenas uma espécie do gênero Cerradomys, que só existe na América do Sul. Hoje, são conhecidas sete espécies. Estudos morfológicos e genéticos comprovaram que o C. goytaca é uma espécie diferenciada.

O ratinho-goitacá tem hábitos noturnos. Durante o dia, permanece no ninho e à noite sai para se alimentar de frutos e sementes. O principal item do menu deste roedor é o fruto da Juruba, uma palmeira rasteira, conhecida também como guriri, que tem caule subterrâneo. Ele é um dispersor de sementes, já que 2% dos frutos que ele pega são enterrados no chão, e muitos acabam ficando por lá mesmo. Mas é um animal que está na base da cadeia alimentar, e é presa de aves de rapina, como corujas, e carnívoros, como o cachorro-do-mato.

A restinga, habitat do bicho, é um ambiente sob pressão de obras de infraestrutura, voltadas principalmente para a exploração de petróleo no litoral e na camada pré-sal, e pela especulação imobiliária. O Parna de Jurubatiba, com cerca de 40 mil hectares, é uma das poucas áreas protegidas onde vive o ratinho. “Se não fosse o Parque Nacional, ele estaria fadado a ser extinto”, sentencia o Pablo Gonçalves.

Fonte: O Eco

Cogumelo que emite luz é encontrado no Brasil após 170 anos

Pesquisadores encontraram no Piauí um cogumelo que emite luz e que tinha sido avistado pela última vez há quase 170 anos.

A pesquisa do grupo de cientistas da USP e das universidades americanas de San Francisco e de Hilo, no Havaí, será publicada na revista científica Mycologia.

O Neonothopanus gardneri é o maior fungo bioluminescente do Brasil e um dos maiores do mundo.

"Já tinha encontrado alguns cogumelos que emitem luz no Brasil, mas menores, alguns do tamanho de um fio de cabelo", disse à BBC Brasil o professor Cassius Vinicius Stevani, do Instituto de Química da USP.

"Este foi o maior, um grupo deles emite quantidade considerável de luz", afirmou.

'Flor de coco'

Em 1840, o cogumelo foi descoberto pelo botânico britânico George Gardner quando viu garotos brincando com o que pensou serem vagalumes nas ruas de uma vila onde hoje fica a cidade de Natividade, em Tocantins.

Chamado pelos locais de "flor de coco", o fungo bioluminescente foi classificado como Agaricus gardeni e não foi mais visto desde então.

"Fiquei sabendo que existiam ainda fungos assim por volta de 2001. Nos anos seguintes, me chegavam relatos de Tocantins e Goiás de um cogumelo grande, amarelo, que emitia uma luz", diz Stevani.

"Mas fotografia mesmo vi só em 2005, uma tirada no Piauí", afirma ele, que já participou de expedições noturnas para a coleta do cogumelo.

"As buscas acontecem em noites escuras, de lua nova, com as lanternas desligadas", explica.

Curiosamente, o cogumelo ainda é conhecido popularmente em várias partes do país como "flor de coco".

Existem 71 espécies de fungos que emitem luz, 12 delas estão presentes no Brasil .

A ciência ainda não desvendou o processo químico que permite que o fungo produza luz, nem a razão disso.

Uma das teses consideradas é a de que a luz é emitida para atrair insetos noturnos, ajudando os fungos a dispersar seus esporos para a reprodução. Outra diz que a luz atrai insetos predadores que atacam insetos menores que se alimentam do fungo.

Fonte: BBC Brasil

Cientistas descobrem rotação na formação do universo

Pesquisadores da Universidade de Michigan afirmam que no momento inicial da formação do universo, este teria girado e deixado marcas observáveis até hoje.

Os cientistas coletaram dados sobre o sentido da rotação de mais de 15 mil galáxias a partir do pólo norte da Via láctea. A pesquisa faz parte de um projeto internacional denominado "Sloan Digital Sky Survey".

Através das observações, os cientistas identificaram a existência de uma quantidade excessiva de galáxias cuja rotação ocorreu no sentido anti-horário. O efeito pode ser percebido a uma distância de 600 milhões de anos-luz da Terra. Para Michael Longo, um dos responsáveis pelo estudo, os resultados são importantes por apresentarem novas perspectivas sobre a Teoria do Big Bang.

Os detalhes da pesquisa foram publicados na revista Physics Letters B, e apresentam uma nova teoria sobre a quebra da simetria no universo. Para os coordenadores do estudo, a quebra foi resultado da rotação que ocorreu no universo no momento de seu surgimento.

Fonte: Jornal Ciência

Gorgulho tem parafusos e porcas em suas patas

Regularmente ao falarmos sobre parafusos e porcas nos veem a cabeça assuntos relacionados à engenharia e à mecânica. Entretanto uma espécie de gorgulho utiliza essas peças na composição de sua estrutura óssea a mais de 100 milhões de anos.

A descoberta resultou de um estudo desenvolvido por biólogos do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (ANKA). Durante o processo os pesquisadores analisaram amostras, do Museu do Estado da História Natural de Karlsruhe, através de tomografias computadorizadas realizadas no Instituto de Synchrotron Radiation.

Os exames mostraram que o inseto não possuía apêndices articuladas como a maioria dos animais de sua classe. O besouro estudado apresentava uma estrutura pontiaguda que se converte em um formato espiral em direção à perna e possui uma região semelhante a uma rosca que funciona como quadril. Essas partes em conjunto permitem uma rotação dos membros posteriores em até 130 graus para trás e 90 graus para frente. Os gorgulhos ainda podem obter ângulos maiores para baixo, que servem como apoio na movimentação entre galhos e folhas.

Após a descoberta os cientistas responsáveis pelo estudo analisaram mais de 15 espécies de gorgulhos e notaram a presença das mesmas articulações em todos os besouros. Os pesquisadores alertam que está característica estrutural não faz parte da anatomia de todas as espécies de gorgulhos, pois são conhecidas mais de 50.000 no mundo.

Fonte: Jornal Ciência

Golfinhos e Chimpanzés apresentam semelhanças culturais

Aproximadamente 95 milhões de anos separam essas duas espécies de mamíferos, e mesmo pertencendo a habitats diferentes as fêmeas de golfinhos e chimpanzés compartilham algumas características.

O estudo publicado na Evolutionary Anthropology analisou detalhadamente o comportamento de ambas as espécies e identificou que as fêmeas são as bases da estrutura familiar. As duas espécies investigadas apresentam formações sociais complexas, desenvolvendo a caça cooperativa e uma maior dedicação no processo de criação dos filhotes. No entanto, a maioria dos cuidados relacionados à cria fica sobre responsabilidade das mães.

Nessa estrutura social cabem os machos a defesa do território e a caça, deixando as fêmeas sozinhas na maior parte do tempo. Quando precisam buscar alimento para seus filhotes as mães dessas espécies não deixam sua cria completamente desprotegida; existe uma espécie de socialização entre as fêmeas e uma colaboração nos cuidados com os mais novos.

Mesmo possuindo características comportamentais bem semelhantes, chimpanzés e golfinhos também possuem algumas diferenças, como por exemplo, as fêmeas dos golfinhos são mais sociáveis que as dos primatas. Os coordenadores do estudo afirmam que a interação social e a consequente formação de grupos e mais favorecida entre os golfinhos devido à contribuição do habitat, já que é bem mais complicado atravessar uma floresta do que nadar. A formação de grupos por parte dos mamíferos que vivem no mar e também uma forma de proteção contra predadores.

A pesquisa liderada por Heidi Pearson – ecologista comportamental da Universidade Stony Brook – mostra a complexidade das relações sociais existentes em algumas espécies de mamíferos. Além de apresentar aspectos em comum entre chimpanzés e golfinhos, que são aparentemente tão diferentes.

Fonte: Jornal Ciência

Todas as espécies de atum entram para lista de animais ameaçados

Pela primeira vez na história, todas as espécies de peixes da família dos escombrídeos - como atuns, cavalas e bonitos, bastante utilizados na alimentação humana - e os bicudos, como peixes-espada e merlins, entraram para a lista de animais ameaçados de extinção da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

Das 61 espécies conhecidas, 7 foram classificadas na categoria de 'ameaçadas', sob sério risco de serem extintas. Quatro entraram na categoria de 'quase ameaçadas' e o restante, na classe de 'menor risco de extinção'.

Os resultados do estudo, que será publicado hoje na revista científica Science, mostram que a situação é pior para as espécies de atum. Cinco das oito espécies de atum foram enquadradas na categoria de ameaçadas ou quase ameaçadas de extinção. Entre eles, o atum-azul (Thunnus thynnus), comumente utilizado na culinária, que está sob risco de desaparecer dos oceanos.

"É a primeira vez que pesquisadores, ictiologistas (especialistas em peixes) e conservacionistas se unem para produzir uma análise da situação das espécies de peixes mais utilizadas comercialmente", afirma Bruce B. Collette, pesquisador da IUCN e principal autor do estudo.

Segundo ele, os resultados da pesquisa serão de inestimável valor para ajudar os governantes a criar políticas públicas de conservação das espécies. A principal ameaça às espécies é a sobrepesca e a falta de engajamento de governos na proteção dos animais. Muitas das espécies de atum, por exemplo, são exploradas por companhias multinacionais cuja regulação é difícil. As populações de atum-azul estão caindo desde a década de 1970.

Fonte: Estadão

Nova tecnologia sobre as células-tronco

Mais um passo importante é dado no desenvolvimento de tecnologias para a produção de células-tronco. A nova técnica foi criada por cientistas norte-americanos e consiste na adaptação das formas de produção de células em alta velocidade por uma espécie de jato de tinta que agregado as unidades celulares pode se diferenciar em qualquer tecido.

O estudo, liderado por pesquisadores de Harvard, focou na evolução do estágio inicial de uma cultura de células-tronco embrionárias em que ocorre a formação de corpos denominados embrióides. Essas estruturas são aglomerados de células-tronco embrionárias que se reproduzem em laboratório na primeira fase do processo.

Os embrióides funcionam como modelos para as interações celulares e moleculares nas primeiras etapas da formação de um organismo. A devida interferência nessa fase pode converter as células da cultura em outras, como em neurônios, tornando-se essencial para o avanço da medicina regenerativa. A técnica também apresenta alguns entraves, visto que compor um tecido sem problemas mecânicos, com tamanho e forma adequada e sem perdas funcionais é uma tarefa extremamente complicada.

Anteriormente se utilizava o método da gota em suspensão em pipetas, mas devido à lentidão do processo e a falta de precisão de seus resultados, fez-se necessário à elaboração de novas técnicas. Os pesquisadores resolveram as questões referentes à técnica anterior através da substituição da pipetas – manipuladas pelos próprios cientistas - por um bioprinter, que imprime no vidro as gotículas microscópicas em linhas ordenadas. A substituição pelo aparelho resultou em maior velocidade e precisão na obtenção dos dados.

A nova técnica foi testada com células de camundongos e apresentou resultados positivos; a mesma teoria também pode ser aplicada com estruturas celulares humanas. O artigo sobre o método foi publicado na revista Biomicrofluids.

Fonte: Jornal Ciência

Estudo afirma que emissão de enxofre na China freia aquecimento global

Na última segunda-feira (4), a revista científica americana Proceedings of the National Academy of Science publicou um novo estudo sobre o aquecimento global. Segundo a pesquisa, a emissão de enxofre na China ajudou a conter a elevação da temperatura do planeta.

Que a China teve um grande crescimento industrial na última década todos já sabem, mas a novidade da pesquisa é afirmar que o aquecimento global foi freado devido ao enxofre emitido, por causa do aumento da queima de carvão pelas indústrias do país.

De 2009 a 2010 o ritmo do aquecimento diminuiu, mas a partir de então houve nova aceleração, este fato justifica que a década entre 2000 e 2010 foi considerada a mais quente de todas as já registradas.

De acordo com o chefe do novo estudo, Robert K. Kaufmann, da Universidade de Boston, o enxofre tem efeito de refrigeração e como a expansão econômica chinesa favoreceu emissões deste tipo, o resfriamento do planeta foi apenas uma das consequências. Entre 2003 e 2007 dobrou o consumo de carvão no país, afirmou Kaufmann.

Segundo o estudioso, a China hoje reconhece os impactos negativos do enxofre no meio ambiente e na saúde das pessoas, por isso está instalando equipamentos para filtrar as partículas deste elemento químico. Mesmo assim, a proposta de lançar partículas de enxofre para resfriar o planeta foi cogitada.

O primeiro defensor da proposta apareceu em 2006. A ideia partiu de um trabalho científico, cuja autoria era de Paul Crutzen. Ele foi premiado com o Nobel de Química em 1995 por seu estudo sobre formação e decomposição do ozônio na atmosfera.

A sugestão de injetar enxofre na atmosfera para criar nuvens que refletiriam a luz do sol e, consequentemente, diminuir o aquecimento global não foi bem recebida. De acordo com análise de Simone Tilmes, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica em Boulder (NCAR sigla em inglês) no Colorado, para que esta ação pudesse realmente reduzir o aquecimento seria necessário uma quantidade muito grande de enxofre e ainda faria desaparecer a camada de ozônio sobre o Ártico, além de atrasar a recuperação do buraco sobre a Antártica em até 70 anos.

Para a NASA e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), 2010 foi um dos anos mais quentes já registrados. Já o escritório britânico de meteorologia, Hadley Center (Met Office Hadley Centre) - um dos maiores centros de pesquisa de mudanças do clima - acredita que em 1998 a temperatura foi ainda maior.

Ambientalistas de todo o mundo chamam atenção da sociedade civil para o fato deste aumento de temperatura causar problemas ainda mais sérios que os já percebidos nos últimos tempos. Os dados alarmantes indicam que se nada for feito, o planeta Terra terá seca em várias regiões, haverá mudança no padrão de tempestades, o nível do mar aumentará e as doenças tropicais serão alastradas com mais facilidade. Com informações do Estadão e Fundação Céu.

Fonte: Ciclo Vivo

Cientistas afirmam que o Ártico está aquecendo mais rápido que outras regiões

Especialistas alertaram que a região do Ártico está se aquecendo em um ritmo mais rápido que em outras regiões do mundo por causa do aumento das temperaturas do ar, aumento das precipitações e diminuição das nevascas, consequentemente o derretimento do gelo do mar.

James Screen, que liderou o estudo com Ian Simmonds, da Escola de Ciências da Terra da Universidade de Melbourne, disse que devido ao aquecimento - em mais dias e em mais partes da região polar - as temperaturas estão se tornando quentes demais para a neve protetora se formar. "Como resultado desta mudança de temperatura, estima-se que houve uma diminuição de 40 por cento na queda de neve no verão ao longo dos últimos 20 anos."

As reduções na precipitação de neve nos meses de verão (quando ainda há neve tipicamente significativa em regiões do Ártico) têm repercussões para o gelo do mar, o gelo que flutua sobre o Oceano Ártico.

Segundo ele a neve é ​​altamente reflexiva e reflete até 85 por cento da luz solar de volta ao espaço. A neve em cima de gelo age como um filtro solar protegendo-o do poder dos raios solares. "Como a cobertura de neve diminuiu, o gelo do mar tornou-se exposto à luz solar, aumentando o derretimento do gelo. Medições mostram que o gelo foi ficando mais fino e menos extenso", concluiu o especialista.

Fonte: Ciclo Vivo

Mapa mostra impacto humano no Planeta

O ser humano altera muito a Terra, nós já sabemos disso. Caso alguém tenha dúvidas, o mapa feito pelo antropólogo Félix Pharand mostra como a área urbana, estradas e redes aéreas estão acabando com o espaço verde em nosso planeta.

Por conta dessas alterações, alguns cientistas estão querendo começar uma nova era geológica chamada de Antropoceno (algo como “humano novo”).

Para que essa mudança? Para, no futuro, quando estiverem estudando esse período geológico, seja quem for, poderá saber que grandes mudanças aconteceram por conta de atitudes humanas.

“O Antropoceno tem grandes chances de se tornar o nome oficial de nossa era. Em junho de 2009, uma nova equipe foi incumbida de examinar a possibilidade de reconhecer uma divisão do Antropoceno dentro do Holoceno ou realmente separado”, disse Félix Pharand.

Para o novo nome ser oficializado, basta a Comissão Internacional de Estratigrafia aceitar ao pedido.

Fonte: Eco4Planet

Os seres humanos podem ter visão geomagnética

Alguns animais como as tartarugas marinhas, insetos e as aves tem a capacidade de visualizar o campo magnético da Terra.

Os cientistas acreditam que esta capacidade era restrita a espécies com visão de longo alcance, mas os estudos recentes sugerem que os seres humanos também podem ter essa característica.

Esta conclusão foi fruto de testes com o criptocromo 2, componente de uma proteína relacionada com a percepção geomagnética, que mostraram que os humanos podem ter uma variação do composto que oriente a capacidade. A pesquisa foi direcionada pelo questionamento a respeito da possível expressão do criptocromo e se os homens poderiam ter na retina magnetoreceptores sensíveis à luz.

O estudo, publicado na revista Nature, foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Massachusetts em um laboratório de neurobiologia. Liderado pelo Dr. Steven Reppert, a pesquisa encontrou na retina humana algumas quantidades de criptocromo indicando que a percepção do campo magnético pelos homens pode estar sendo subutilizada.

A experiência com finalidade de comprovar que nossos olhos possuem elementos químicos que facilitam a orientação foi realizada com moscas de frutas que não apresentam a mesma visão magnética que os humanos. Os cientistas fizeram alterações nas proteínas dos olhos da espécie de moscas por proteínas presente nos olhos humanos. Em seguida as moscas recebiam uma recompensa adocicada quando seguiam na direção de um campo magnético presente em um tipo de labirinto.

Rapidamente as mascas de frutas aprenderam a se orientar e encontrar o caminho que as levava ao reforço positivo; os animais que não foram submetidos a alterações genéticas voaram sem direção durante os experimentos. Os responsáveis pelo estudo concluíram que a proteína estudada tem estreitas relações com o controle da frequência cardíaca e com a detecção magnética. A comunidade cientifica está otimista com os resultados da pesquisa, pois pela primeira vez foram apresentadas evidências moleculares sobre a capacidade da visão humana na percepção de campos magnéticos.

Fonte: Jornal Ciência

Encontrada estrela que expulsa água a enormes velocidades

Astrônomos identificam uma estrela jovem, localizada a 750 anos luz do nosso planeta, que joga água a alta velocidade em mudanças de fases repetidas diversas vezes.

As gravações incomuns foram realizadas pelo telescópio espacial Herschel. As observações se tornaram possíveis através da análise da radiação infravermelha emitida pelas nuvens que circundam o sol.

A equipe de astrônomos holandeses – responsáveis pela pesquisa – encontrou na poeira a presença de átomos de hidrogênio e de oxigênio, elementos que compõem a água. As moléculas estavam em movimento em volta da estrela e depois eram expulsas a partir dos pólos a uma velocidade aproximada de 200 milhas por hora.

Ao considerar precisamente o movimento dos compostos em torno da estrela, os cientistas concluíram que a água é formada na superfície do astro. A temperatura da estrela atinge uma média de 100.000° Celsius mantendo a água no estado gasoso.

O gás quente ao entrar em contato com um material mais frio presente nas proximidades da estrela, as partículas de oxigênio e hidrogênio sofrem uma rápida condensação e a água passa para o estado líquido. Os pesquisadores afirmam que além da velocidade da mudança de estado físico a quantidade de água liberada também é surpreendente, chegando a superar em milhões de vezes o volume contido na Amazônia. Esse processo pode contribuir para a constituição de novas estrelas.

O estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Leiden foi publicado na revista especializada Astronomy & Astrophysics.

Fonte: Jornal Ciência

Expedição nas Filipinas revela 300 espécies desconhecidas

Em uma expedição de 42 dias, pesquisadores da Academia de Ciências da Califórnia descobriram mais de 300 espécies novas de seres vivos. Na mais longa campanha exploratória da entidade foram descobertos lesmas do mar, tubarões e novos corais. Os cientistas ficaram apenas na maior ilha filipina, Luzon – o país conta com mais de 7 mil ilhas.

O objetivo do projeto é descobrir, catalogar e divulgar o novos seres vivos já muito ameaçados pela ação humana e mudanças climáticas na região. Confira alguns dos animais encontrados nas proximidades da ilha.

Tubarão inflável
Esse tubarão tem uma dieta saudável composta quase que exclusivamente de camarões. Mas o refinamento de seu cardápio não é sua única característica curiosa, ele infla seu estômago com água para ganhar tamanho e espantar predadores.


Ao contrário do que parece, o ser nessa imagem não é um brócolis gigante e cor de rosa, mas um animal de meio metro de altura que habita o fundo do mar. O coral rosa ainda não foi identificado, e fa parte, provavelmente, de uma espécie nova e rara.



Molusco tóxico
Essa lesma do mar é uma nova espécie de Phyllidia nudibranch. O molusco de corpo mole não precisa de um concha dura para se proteger de predadores, como seus parentes próximos. Ele libera toxinas que deixam as amaeças longe.


Outra lesma
Mais uma lesma do mar descoberta sob as águas filipinas. Essa é uma espécie muito colorida de Nembrotha nudibranch.




Verme colorido
O verme multicolorido acima é encontrado entre os corais filipinos e pode ser uma nova espécie.


Fonte: Revista Galileu