Aproximadamente 95 milhões de anos separam essas duas espécies de mamíferos, e mesmo pertencendo a habitats diferentes as fêmeas de golfinhos e chimpanzés compartilham algumas características.
O estudo publicado na Evolutionary Anthropology analisou detalhadamente o comportamento de ambas as espécies e identificou que as fêmeas são as bases da estrutura familiar. As duas espécies investigadas apresentam formações sociais complexas, desenvolvendo a caça cooperativa e uma maior dedicação no processo de criação dos filhotes. No entanto, a maioria dos cuidados relacionados à cria fica sobre responsabilidade das mães.
Nessa estrutura social cabem os machos a defesa do território e a caça, deixando as fêmeas sozinhas na maior parte do tempo. Quando precisam buscar alimento para seus filhotes as mães dessas espécies não deixam sua cria completamente desprotegida; existe uma espécie de socialização entre as fêmeas e uma colaboração nos cuidados com os mais novos.
Mesmo possuindo características comportamentais bem semelhantes, chimpanzés e golfinhos também possuem algumas diferenças, como por exemplo, as fêmeas dos golfinhos são mais sociáveis que as dos primatas. Os coordenadores do estudo afirmam que a interação social e a consequente formação de grupos e mais favorecida entre os golfinhos devido à contribuição do habitat, já que é bem mais complicado atravessar uma floresta do que nadar. A formação de grupos por parte dos mamíferos que vivem no mar e também uma forma de proteção contra predadores.
A pesquisa liderada por Heidi Pearson – ecologista comportamental da Universidade Stony Brook – mostra a complexidade das relações sociais existentes em algumas espécies de mamíferos. Além de apresentar aspectos em comum entre chimpanzés e golfinhos, que são aparentemente tão diferentes.
Fonte: Jornal Ciência
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