Esse
termo se refere às regiões compreendidas entre o limite da quebra da plataforma e
as grandes fossas oceânicas. As seguintes regiões oceânicas fazem parte do mar profundo:
Zona Batial (talude continental, de 0,2 à 2
Km de profundidade);
Zona Abissal (planícies abissais, de 2 à 6
Km de profundidade);
Zona Hadal (fossas oceânicas, de 6 à 11 Km
de profundidade).
São
ambientes escuros que possuem baixas temperaturas (raramente superiores à 4ºC),
submetidos a altas pressões e normalmente apresentam pouca matéria orgânica. As
propriedades da água neste local tendem a ser mantidas constantes
As
zonas profundas do oceano são escuras porque a luz não possui boa penetração no
meio aquático. A escassa produção primária faz com que as cadeias alimentares
em regiões profundas sejam de baixa energia, baseadas principalmente em matéria
orgânica e bactérias providas dos sedimentos finos que afundam da coluna
d’água.
Quem acha que vive sob pressão precisa conhecer o
Anoplogaster cornuta. Ele mora no oceano a uma profundidade de 5 000 metros. A pressão que a água faz sobre seu corpo
é 500 vezes maior do que aquela que o ar faz sobre nós aqui na superfície.
Mas não rola nenhum estresse. Os animais que nadam abaixo dos 300 metros de profundidade têm adaptações no
corpo que os tornam imunes às condições adversas desses lugares.
Alguns dos ajustes são invisíveis. O aperto produzido pela
água, que seria capaz de esmagar as proteínas e comprometer suas funções em
seres que habitam a crosta, não causam mal nenhum. “Isso porque, para
protegê-las, boa parte desses animais conta, nas células, com uma substância
chamada óxido de trimetilamina”, diz o biólogo Paulo de Tarso, do Aquário de
Santos, em São Paulo. O óxido funciona como uma parede que absorve o aperto. A
escuridão, que também poderia atrapalhar suas caçadas e paqueras,
é driblada com a fosforescência (veja no infográfico). “Se pudessem se
comunicar conosco, esses bichos também se perguntariam como podemos ficar fora
da água e com uma pressão tão baixa”, brinca o biólogo marinho Edward Seidel,
do Aquário da Baía de Monterey, nos Estados Unidos.
O mundo nas
costas
A região abissal
começa abaixo dos 300 metros de profundidade
Nível do mar – 1
atmosfera
Na superfície a pressão é a normal para o ser humano.
300 metros – 31
atmosferas
Aqui, a luz começa a rarear. Mas a fauna ainda é variada.
600 metros – 61 atmosferas
Daqui para baixo, a escuridão começa a criar problemas. A
fosforescência faz parte da sedução no escurinho. Serve para que as espécies se
reconheçam.
1500 metros – 501
atmosferas
Abaixo de cerca de 1500 metros, a variedade de bichos
diminui e eles ficam mais esquisitos.
2000 metros – 201
atmosferas
Nas maiores das profundezas, os peixes possuem olhos bem
pouco desenvolvidos. Para perceber o que acontece ao redor, usam uma espécie de
antena. É uma sensível arma de defesa.
5000 metros – 501
atmosferas
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