Astrônomos de diversas nacionalidades localizaram um buraco negro estelar de proporções jamais vista em órbita, com massa 16 vezes maior que a do Sol (até então o maior buraco negro estelar conhecido).
Buraco negro estelar é formado pelo colapso gravitacional de uma estrela gigante no fim da sua vida. Segundo cientistas até hoje, de acordo com estudos anteriores, não era possível a formação de um buraco negro estelar com massa maior que 10 vezes a massa solar, esta descoberta abre uma nova visão sobre a evolução e o destino das estrelas gigantes. Já era conhecida a existência de outros buracos negros supermassivos em praticamente todas as galáxias, mas não do tipo estelar.
De acordo com a New Cientist uma equipe de astrônomos, liderada por Sergey Nayakshinym da Universidade de Leicester, afirmaram que buracos negros supermassivos que são os centros de muitas galáxias, incluindo a Via Láctea (estas galáxias denominadas Núcleos Galácticos Ativos - NGA) geram intensa luminosidade, porém, o núcleo destas galáxias ficam normalmente escondidos atrás de vastas nuvens de poeira toroidal (em forma de um anel).
Os processos físicos que estão na base do aparecimento e evolução da classe de fontes extragalácticas designadas por Núcleos Galácticos Ativos (NGA) são muito complexos, ainda não foram compreendidos na sua totalidade pela comunidade astrofísica. Os NGA têm a capacidade de emitir um fluxo de energia por vezes equivalente ao de um aglomerado composto por milhares de galáxias. Ainda mais espantoso que isto é o fato de o fazerem a partir de uma região central com dimensões da ordem de 1 parsec (O parsec é uma unidade de comprimento usada em Astrofísica e que corresponde a 3.086 ×1013km).
Este fenômeno surpreendente de "superluminosidade" causa-nos alguma estranheza, especialmente se tivermos em conta que os volumes das regiões onde ocorrem são bastante pequenos quando comparados com as grandes distâncias a que se encontram de nós. As suas dimensões podem variar entre os kiloparsec e algumas dezenas de kiloparsec. Por outro lado, os seus espectros de radiação apresentam desvios pronunciados para o vermelho, correspondendo a valores de comprimentos de onda superiores, o que nos leva a excluir a possibilidade de os NGA se tratarem de fontes locais.
A pequena área ao redor do buraco negro estelar, o núcleo galáctico, é extremamente rico em estrelas, para cada parsec cúbico há milhões de corpos estelares; sabe-se ainda que onde existam estrelas deve existir planetas gigantes, rochosos, cometas e asteróides.
Uma vez que a distância entre os sistemas planetários é bastante grande, possibilita que a órbita das estrelas seja instável e convergente, facilitando a colisão desses corpos com outros planetas ou asteróides errantes, o resultado dessas colisões é a formação de fragmentos (poeira) que interferem diretamente na visualização do centro galáctico.
Fonte: Jornal Ciência
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