A biomassa, ou energia de matéria vegetal ou animal, é frequentemente apontada como insustentável e suja. Mas um novo estudo, do Instituto Internacional de Ambiente e Desenvolvimento, baseado em Londres, argumenta que ela pode reduzir emissões de carbono e ajudar a enfrentar os desafios da mudança do clima, além de incentivar economias do mundo em desenvolvimento.
De acordo com o estudo, a biomassa hoje responde por 10% do mix primário mundial de energia - composto de energia fóssil, renovável e nuclear - e por 77% do mix primário mundial de energia renovável. A Agência Internacional de Energia prevê que a biomassa vai se tornar cada vez mais importante como fonte de energia, chegando a 30% do mix primário global de energia em 2050.
A maior parte da energia da biomassa é baseada em madeira. Ela é renovável e pode ajudar demandas crescentes de energia, desde que florestas sejam localmente controladas e manejadas levando em consideração a segurança alimentar, diz o estudo.
Se for produzida sustentavelmente e queimada de modo eficiente, pode também emitir baixos níveis de carbono. O relatório afirma que novas maneiras de conversão de biomassa em energia são cada vez mais competitivas em diversas escalas comerciais.
Além de seu crescimento em países industrializados, como na Dinamarca, onde responde por 70% do consumo de energia renovável, a biomassa também fornece vantagens ao mundo em desenvolvimento, onde 2 bilhões de pessoas dependem dela para seu fornecimento de energia - em parte por ser facilmente acessível. Na África subsaariana, 89% da população depende da biomassa para cozinha e aquecimento, lembra o AlertNet. A biomassa pode ser convertida em calor, eletricidade, combustível líquido e gás, com o uso de tecnologias básicas como combustão e gaseificação. Sua produção usa mão-de-obra intensiva, o que pode dar oportunidade de empregos e de redução da pobreza.
Fonte: Planeta Sustentável
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