Poluição biológica: resulta da presença de microorganismos patogênicos (bactérias, vírus, protozoários, vermes); especialmente na água potável.
1- Doenças transmitidas diretamente através da água:
- cólera
- febre tifóide
- febre paratifóide
- desinteria bacilar
- amebíase ou desinteria amebiana
- hepatite infecciosa
- poliomelite.
- esquistossomose
- fluorose
- malária
- febre amarela
- bócio
- dengue
- tracoma
- leptopirose
- perturbações gastro-intestinais de etiologia obscura
- infecções dos olhos, ouvidos, garganta e nariz.
- A solubilidade dos gases em água diminui como aumento da temperatura. Assim há um decréscimo na quantidade de oxigênio dissolvido na água, prejudicando a respiração dos peixes e de outros animais aquáticos.
- Há uma diminuição do tempo de vida de algumas espécies aquáticas, afetando os ciclos de reprodução.
- Potencializa-se a ação dos poluentes já presentes na água, pelo aumento na velocidade das reações.
Poluição sedimentar: resulta do acúmulo de partículas em suspensão. Esses sedimentos poluem de várias maneiras:
- Os sedimentos bloqueiam a entrada dos raios solares na lâmina de água, interferindo na fotossíntese das plantas aquáticas e diminuindo a capacidade dos animais aquáticos de vir e encontrar comida.
- Os sedimentos também conduzem poluentes químicos e biológicos neles adsorvidos.
- Eutrofização: fertilizantes agrícolas são arrastados pela irrigação e pelas chuvas para os lençóis subterrâneos, lagos e rios. Eles contêm principalmente os íons NO3- e PO4-3. Quando os fertilizantes e outros nutrientes vegetais entram nas águas paradas de um lago ou um rio de águas lentas, causam um rápido crescimento de plantas superficiais, especialmente das algas, que tornam as águas tóxicas. À medida que essas plantas crescem, formam um tapete que pode cobrir a superfície, isolando a água do oxigênio do ar, levando à morte dos peixes e outros animais aquáticos. É o fenômeno conhecido como floração da água e torna reservatórios de água potável (lagoas, lagos,...) imprestáveis para o uso.
- Compostos orgânicos sintéticos: o aumento da produção industrial de compostos orgânicos sintéticos: plásticos, detergentes, solventes, tintas, inseticidas, herbicidas, produtos farmacêuticos, aditivos alimentares etc - muitos desses produtos dão cor ou sabor à água e alguns são tóxicos.
- Petróleo: estima-se que aproximadamente 6 milhões de toneladas de petróleo são despejadas no mar a cada ano, uma parte devido a acidentes no embarque e desembarque desse minério nos navios. O derramamento de petróleo no mar acaba causando a morte de grandes quantidades de plantas, peixes e aves marinhas.
- Compostos orgânicos e minerais: o descarte desses compostos pode acarretar variações danosas na acidez, na alcalinidade, na salinidade e na toxicidade das águas. Uma classe particularmente perigosa de compostos são os metais pesados (Cu, Zn, Pb, Cd, Hg, Ni, Sn, etc), muitos deles estão ligados a alterações degenerativas do sistema nervoso central, uma vez que não são metabolizados pelos organismos produz o efeito de bioacumulaçao: quanto mais se ingere água contaminada, maior o acúmulo destes nos tecidos do organismo.
- Esgoto: Certos resíduos de esgoto são regularmente lançados ao mar. O esgoto é potencialmente prejudicial à saúde, nadar em águas poluídas pode causar distúrbios desagradáveis, como gastroenterites, irritação cutâneas e infecções de ouvido, nariz e garganta. Uma pesquisa nos Estados Unidos constatou que em média 18 em cada 1.000 pessoas que se banham em águas poluídas adoecem.
- Bifenóis policlorados e o meio ambiente: Os bifenóis policlorados (PCBs) são produtos químicos complexos usados na indústria elétrica. Podem tornar-se extremamente perigosos se penetrarem na atmosfera por isso seu uso está sendo reduzido. Contudo, eles atingiram o ambiente marinho e agora são encontrados no corpo de muitos animais. Qundo é absorvido por um animal o PCB não é eliminado de seu corpo, permanecendo nele. Esse produto químico pode reduzir a resistência do corpo a doenças, diminuir a capacidade de aprendizagem das crianças, danificar o sistema nervoso central, causar câncer e afetar os fetos.
Principais Agentes Contaminantes
Petróleo: A contaminação de água pode ser acidental como é o caso de alguns derramamentos de petróleo, entretanto, muitas vezes são despejadas substâncias tóxicas por ignorância ou desinteresse. Os hidrocarbonetos espalhados no mar provêm não só dos derramamentos acidentais com suas tristementes batizadas “marés negras”, mas dos petroleiros que limpam seus depósitos despejando na água mais de 1% de sua carga. Com o passar do tempo, a quantidade de produtos derivados do petróleo jogada no mar é de vários milhões de toneladas. As embarcações a motor também colaboram com derramamentos de várias espécies de hidrocarbonetos. Os derramamentos de petróleo são responsáveis pela morte de milhões e milhões e milhões de seres vivos. Algas, plancton, espécies variadas de moluscos, peixes, aves e mamíferos marinhos.
Poluição Térmica: Determinados processos industriais utilizam grandes quantidades de água em reservatórios ou como refrigeradores o que aparelha como resultado uma notável alteração em sua temperatura natural. Modificar a temperatura da água é também outra forma de alterar o ecossistema e é denominado poluição térmica. O aumento da temperatura das águas, traz maior demanda bioquímica de oxigênio.
Chuva Ácida: Normalmente pode se considerar que a água da chuva é neutra, entretanto, a utilização de combustíveis fósseis, libera na atmosfera terrestre dióxido de carbono e dióxido de enxofre. Ao chegar a certos níveis de concentração, estes gases misturados com a chuva acidificam a água provocando consequências negativas para os organismos que dependem dela. A chuva ácida destrói a vida dos lagos próximos das áreas industriais e produz enormes danos em algumas espécies de árvores.
Radioatividade na Água: A existência de radiotividade natural na água não tem incidência ou efeitos nocivos na saúde por tratar-se de níveis muito baixos, em troca a contaminação por resíduos radioativos lançados ao mar, afundamento de arsenais nucleares, explosões atômicas submarinas ou fugas radioativos em geral pode ter conseqüências gravíssimas. A radioatividade é altamente cancerígena e não tem sabor, cheiro ou cor.
Mercúrio na Água: As baterias locais contêm mercúrio, uma das fontes mais perigosas de poluição ambiental. A bateria descarregada que hoje jogamos no lixo, leva 70 anos para se decompor. O mercúrio e seus derivados são altamente tóxicos e absorvidos em doses importantes produzem uma intoxicação que afeta o aparelho digestivo e o sistema nervoso.
Nos últimos anos, os fabricantes de baterias tentaram reduzir a porcentagem de mércurio de seus produtos. Atualmente a proporção de mercúrio que leva cada unidade é ínfima, mas se considerarmos as quantidades de baterias que são consumidas diariamente veremos que as cifras em escala mundial são verdadeiramente preocupantes. Só nos Estados Unidos, uma média de 2300 milhões de baterias são trocadas por ano. Em 1991 foi lançada a venda da primeira bateria livre de mercúrio mas na maioria dos países não há campanhas de informação que permitam com que o público consumidor saiba quais são as suas opções.
Biodegradabilidade: O mar tem uma enorme capacidade autodepuradora e é um meio desfavorável para o desenvolvimento de microorganismos patógenos, entretanto o derramamento de águas residuais urbanas e detritos industriais ao chegar a um certo grau de concentração deterioram essa capacidade. A natureza por si mesma realiza um processo de biodegradação através de bactérias, mas se a concentração de substâncias supera certos limites, a biodegradabilidade da água já não é possível e as águas não podem se regenerar, sendo necessário o sue tratamento em plantas depuradoras.
Fonte: Portal São Francisco
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