Novo estudo apresentada nematóide encontrado a 1,3 quilômetros abaixo da superfície da terra. Publicado na revista Nature, a pesquisa relata a descoberta de uma nova espécie de praga denominada Mephisto Haliciphalobus. O organismo é o primeiro multicelular vivo identificado em locais profundos.
Os cientistas trabalhavam na busca por formas de vida subterrânea há mais ou menos 15 anos. O estudo foi concentrado em regiões de minas ultra profundas da África do Sul. A profundidade destas minas pode atingir cerca de 3 quilômetros.
Os nematóides identificados tinham aproximadamente 0,5 milímetros. Para encontrá-los os cientistas analisaram amostras de água dos poços localizados nas minas com profundidade de 3,6 quilômetros. Os pesquisadores também investigaram amostra do solo que circundavam os poços.
Com o auxílio destes estudos os cientistas demostraram que a vida tem raízes mais profundas. O Mephisto é um nematóide com 10 vezes o tamanho de um organismo unicelular, as bactérias são base da alimentação destes organismos. Este nematóide foi identificado na mina de ouro Beatrix e apresenta estrutura simples. Quando foi descoberto o organismo estava vivo e era completamente capaz de se reproduzir.
Não foi encontrada nenhuma evidência da presença destes seres em águas superficiais ou no solo, indicando desta forma que estes são nativos de rochas profundas. A partir de análises químicas, os cientistas descobriram que este nematóide surgiu há pelo menos 2900 anos.
Para os pesquisadores as recentes descobertas devem incentivar os estudos que procuram vida abaixo da superfície da terra. Segundo Michael Meyer – cientista chefe para a exploração de Marte da NASA – a descoberta de vida pluricelular em regiões profundas abre possibilidades na procura por vida extraterrestre.
Fonte: Jornal Ciência
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