Informações que já tinham sido publicadas pela revista especializada Nature em abril destacavam a destruição da camada de ozônio no Ártico, mas esta é a primeira vez que são publicados dados que já foram totalmente analisados pelos cientistas.
A causa foi uma época longa de clima frio naquela altitude. Em condições de frio, elementos químicos produzidos pelo homem e que destroem o ozônio são mais ativos.
"O inverno na estratosfera ártica é muito variável, alguns são quentes, outros são frios", disse Michelle Santee, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a agência espacial americana.
"Mas, nas últimas décadas, os invernos que são frios estão ficando ainda mais frios."
De acordo com a pesquisa publicada na Nature, atualmente é impossível prever se estas perdas na camada protetora de ozônio vão ocorrer novamente naquela região.
A camada de ozônio impede a passagem dos raios ultravioleta do sol. Esses raios têm efeitos nocivos à saúde, podendo provocar câncer e outras doenças.
Protocolo de Montreal
Os compostos químicos que destroem a camada de ozônio tem origem em substâncias chamadas clorofluorcabonos (CFCs), que começaram a ser usados no século passado em vários produtos, incluindo refrigeradores.
Estes compostos químicos que aumentam chamado "buraco" na camada de ozônio foram proibidos ou tiveram o uso limitado pelo Protocolo de Montreal das Nações Unidas, assinado em 1987, mas permanecem por tanto tempo na atmosfera que os especialistas esperam que os danos continuem por décadas.
Os efeitos destrutivos foram registrados pela primeira vez na Antártida, que atualmente registra uma grande queda no nível de ozônio em sua camada a cada inverno.
As temperaturas da estratosfera na região do Ártico durante o inverno geralmente não caem tanto como as temperaturas no Polo Sul.
O Ártico não bateu nenhum recorde de baixas temperaturas em 2011, mas o ar permaneceu mais frio por um período extraordinariamente longo, cobrindo uma área maior do que o de costume.
O tamanho e a posição do buraco na camada de ozônio mudou no decorrer do tempo. Algumas estações de monitoramento no norte da Europa e na Rússia registraram níveis maiores de penetração dos raios ultravioletas-B, mas ainda não se sabe se isto significa algum risco à saúde humana.
Fonte: BBC Brasil
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