Poluentes “Doze Sujos” atacam novamente

Uma prisão gelada no Ártico manteve presas 12 ameaças tóxicas que a sociedade baniu décadas atrás. Mas o gelo está derretendo. Agora, Aldrin, Endrin, Mirex e nove outras substâncias logo serão liberadas, e as consequências podem ser mortais.
Não, não é um filme de Michael Bay.
É um alerta dos cientistas que estudam os Doze Sujos, um grupo de poluentes orgânicos persistentes (POPs). A chuva, a neve e outros fenômenos depositaram os produtos químicos no gelo do Ártico décadas atrás, mas com o derretimento do gelo polar, eles podem retornar ao meio ambiente, afirmam pesquisadores da Environment Canada, agência federal canadense, em um estudo publicado no periódico Nature Climate Change.
"Uma grande variedade de POPs foram realocados na atmosfera do Ártico nas ultimas duas décadas em decorrência da mudança climática”, afirmou o estudo, segundo artigo da AFP.
O aquecimento ártico "poderia minar os esforços globais para reduzir a exposição humana e ambiental a estes produtos químicos tóxicos”, alerta o estudo liderado por Jianmin Ma, do Environment Canada.
Os poluentes foram banidos em 2001 pela Convenção de Estocolmo devido aos altos riscos que apresentam à saúde de seres humanos e animais, e por não se decompor rapidamente no ambiente.
Embora os pesquisadores tenham encontrado uma tendência gradual de redução desde que os poluentes foram banidos, uma simulação de computador mostrou que o derretimento do gelo poderia ocasionar um pequeno aumento das concentrações.
Segundo o site US POP Watch, os Doze Sujos são:
*Aldrin- Pesticida amplamente utilizado nas culturas de milho e algodão até 1970. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) permitiu seu uso para o combate a cupins até o fabricante cancelar seu registro em 1987. Bastante similar ao Dieldrin.
 *Clordano - Pesticida usado em cultivos agrícolas, gramados e jardins, e em fumigações para controle de cupins. Todos os usos foram banidos pelos Estados Unidos em 1988, mas ainda é produzido para exportação.
*DDT - Pesticida ainda em uso para controle de malária nos trópicos. Todos os usos foram banidos nos Estados Unidos em 1972, exceto em casos de emergência.
*Dieldrin - Pesticida amplamente usado nas culturas de milho e algodão até 1970. O governo americano permitiu seu uso para o combate a cupins até o fabricante cancelar seu registro em 1987. Subproduto da decomposição do Aldrin.
*Endrin – Usado como pesticida para controlar insetos, roedores e aves. Não é produzido ou vendido para uso geral nos Estados Unidos desde 1986.
*Heptacloro – Inseticida de uso doméstico e agrícola até 1988. Também um componente e produto da decomposição do clordano.
*Hexaclorobenzeno (HCH) - Pesticida e fungicida usado em sementes, também é um subproduto industrial. Não é usado amplamente nos Estados Unidos desde 1965.
*Mirex – Inseticida e retardante de chamas, não é usado ou fabricado nos Estados Unidos desde 1978.
*Toxafeno – Inseticida usado principalmente em plantações de algodão. A maioria de seus usos foi banida os EUA em 1982, e as demais, em 1990. *PCBs – Bifenis policlorados, amplamente usados em equipamentos elétricos, entre outros usos. Sua fabricação foi banida dos Estados Unidos em 1977.
*Dioxinas policloradas e furanos policlorados- Dois notórios tipos de poluentes “não-intencionais”, são subprodutos de incineração e de processos industriais. Regulado nos Estados Unidos sob estatutos ligados ao ar, água, qualidade dos alimentos, segurança ocupacional, descarte de resíduos, entre outros.
Uma pequena quantidade pode percorrer uma grande distância, já que os POPs não se decompõem. Em vez disso, eles se acumulam nos animais à medida que avançam na cadeia alimentar.
A Agência Americana de Registro de Doenças e Substâncias Tóxicas lista os efeitos de cada produto químico em seu banco de dados. Aldrin e Dieldrin, por exemplo, podem causar convulsões, danos renais, dores de cabeça, vômitos e até mesmo a morte.
Os pesquisadores da Environment Canada elaboraram seu alerta com base em observações da atmosfera e simulações de computador sobre os efeitos da mudança climática sobre o gelo do Ártico.
Os pesquisadores observaram as quantidades de três POPs, DDT, HCH e clordano, na atmosfera. Eles monitoraram os produtos químicos de 1993 a 2009 em uma estação das Ilhas Svalbard, na Noruega, e em outra ilha no Ártico Canadense.
"A remobilização dos poluentes produzidos pelos nossos avós são testemunhas indesejadas do nosso passado ambiental, e agora parecem estar ‘saindo do frio’”, conclui Dachs.

Fonte: Discovery Notícias

É o seu cheiro que atrai os pernilongos

Enquanto alguns de nós humanos somos picados impiedosamente pelos pernilongos, outros passam ilesos pelos mosquitos. Parece injustiça da natureza. Mas, na verdade, essa é uma questão de aroma. Segundo o entomologista Jerry Butler, da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, o inseto é atraído para esta ou aquela vítima por odores exalados com a respiração. Quando você expira, junto com o gás carbônico saem também outras substâncias dissolvidas na circulação sangüínea. Assim, o pernilongo consegue descobrir quem tem no sangue moléculas que o ajudam a desenvolver seus ovos. Ácido lático, ácido úrico e colesterol deixam o bicho com água na boca.


Fonte: Super Interessante

A sociedade anônima dos cupins


Um cupim sozinho não é nada criativo. Vai e vem ao acaso sem parar, carregando um grãozinho de terra, quando muito. Mas se juntarmos um grupo deles, pequeno que seja tudo muda. Alguns vão se deter num ponto qualquer, demonstrar interesse pelo local. Ali depositam seu grãozinho de terra. O montinho atrai a atenção dos outros e pronto todos entram numa atividade febril, cumprindo tarefas diferentes e bem determinadas. Trabalham em sociedade.
O cupim conta com um sistema ganglionar simples que reage a alguns estímulos de forma pouco perceptível e, às vezes, incoerente. Mas a reunião de um grupo deles faz aparecer uma espécie de atmosfera psíquica, uma vontade coletiva geradora de ações que exigem um certo grau de discernimento. Uma colônia de cupins, com vários milhões de indivíduos, consegue construir habitações sofisticadas, que exigem a solução de vários problemas complicados.
Muitos estudiosos perderam tempo procurando o centro de comando do cupinzeiro, tal como os fisiologistas do passado que dissecavam cadáveres para descobrir a alma das pessoas. É provável que a alma do cupinzeiro esteja encoberta pela trofalaxia, um fenômeno tão estranho quanto a palavra que lhe dá nome.
Ela significa que um inseto social, como é o cupim, participa de um sistema de alimentação coletiva, que se distribui de indivíduo a indivíduo por contatos boca a boca. Mas a trofalaxia não significa apenas alimento. Ela também proporciona uma forma de comunicação, com a transmissão de mensagens químicas, gota a gota. No exato momento em que as mandíbulas de dois cupins se tocam, uma minúscula gotinha se desprende da boca de um deles e passa para a do outro. Uma fração de segundo e o recado já está passado.
Até agora só foi possível decifrar algumas das dezenas, quem sabe centenas, de mensagens que uma gotinha dessas pode conter. Uma das que foram decifradas se parece muito com o que se convencionou chamar hormônio social. Cada indivíduo da colônia está rotulado por um hormônio, específico da categoria social a que pertence. Um cupim soldado carrega seu extrato próprio, da mesma forma que o operário ou as formas sexuadas, que garantem a reprodução da espécie.
A sociedade dos cupins evolui mais ou menos como as células embrionárias durante o processo de crescimento de um organismo. Ao se diferenciarem, elas se agrupam em tecidos diversos, que irão desempenhar diferentes funções nos vários órgãos. O hormônio social do cupinzeiro, ao chegar à boca de um recém-nascido, provoca um estímulo químico em suas células, induzindo-as a construir o tipo de indivíduo de que a colônia necessita naquele momento. É a característica dos cupins de se alimentarem constante e reciprocamente que garante o perfeito funcionamento desse sistema.
É ele que assegura a permanente circulação dos hormônios sociais entre todos os membros da colônia, pelo contato boca a boca. Na composição desse hormônio social entram parcelas ínfimas do hormônio individual de cada casta. Quando o cupinzeiro dispõe de número ótimo de soldados, estes circulam distribuindo boca a boca o hormônio social com a sua secreção particular, que vai agir sobre os recém-nascidos de forma inibidora: a secreção de soldado indica que eles não devem tornar-se soldados, pois há um número suficiente destes na sociedade. Quando, pelo contrário, não há soldados bastantes, menos recém-nascidos recebem essa secreção, e assim estão livres para se tornarem soldados, e não operários, de que o organismo estará bem suprido nesse momento. Tanto assim que eles terão recebido nos contatos boca a boca a dose de secreção inibidora que evita que eles se encaminhem para essa profissão.
Se fosse apenas isso, já seria uma fantástica maneira de manter o equilíbrio social entre as diversas categorias de cupins. Mas o mecanismo é ainda mais sofisticado: garante, por exemplo, maior produção de operários quando a colônia necessita, também, aumentar a produção de alimentos. Aliás, o movimento exploratório de uma legião de operários à procura de alimentos é típico de um organismo que lança tentáculos ao redor de si mesmo. Nesse caso, os tentáculos são muito mais precisos que o tatear aleatório de uma ameba, por exemplo.
Quando transportam o alimento aos diversos setores da colônia, os cupins operários desempenham um papel parecido com o dos glóbulos vermelhos do sangue, que percorrem todo o organismo nutrindo as células. Certas tarefas dos cupins soldados também têm semelhanças com as do sangue, quando bloqueia a ação de agentes agressores do organismo. Uma torrente de soldados é despejada na circulação do cupinzeiro assim que o alarma hormonal denuncia algum tipo de ameaça em qualquer setor da colônia: por exemplo, quando um animal estranho tenta invadir a casa de todos eles.
Nessa situação, os soldados entopem com seus corpos todas as vias de acesso ao local da agressão. Estancam a circulação na área afetada, morrem aglutinados e dão tempo para que, mais atrás, os operários construam crostas protetoras que isolem o intruso e cicatrizem as feridas que tornaram o superorganismo vulnerável.
A trofalaxia é responsável por essa harmonia de ações, mas não pode ser utilizada para explicar alguns fatos que ocorrem no cupinzeiro. Por exemplo, o momento das revoadas de acasalamento, conhecidas vulgarmente como aleluias. Elas proporcionam o encontro de machos e fêmeas oriundos de colônias diferentes, o que é muito importante para o fortalecimento genético das futuras colônias. As revoadas são muito perigosas para os insetos, pois sua aglomeração num único local, ao ar livre, atrai os animais predadores. O morticínio é sempre muito superior ao número de casais que conseguem se unir.
As aleluias são, portanto, um momento crítico para todos os superorganismos que irão trocar material genético entre si. Os minutos são preciosos, justificando o fato de que todos eles lancem ao ar suas formas sexuadas exatamente no mesmo momento. E esse momento é cuidadosamente preparado. É o hormônio social que prepara os indivíduos férteis para abandonarem a colônia. Para isso, predispõe todo o superorganismo a esse acontecimento, deixando-o agitado como se fosse um animal no cio.
As formas aladas, prontas para o acasalamento, são enviadas a compartimentos subterrâneos. O canal de acesso ao exterior permanece obstruído por centenas de operários, o que faz com que as formas sexuadas se comprimam aos milhares nas câmaras de espera, como se provocassem o inchaço das glândulas sexuais do superorganismo. O sinal para deflagrar simultaneamente a revoada de todas as colônias talvez seja uma simples chuva de verão. Não se sabe ao certo. Mas há um momento em que todas as formas sexuadas serão acometidas por um frenesi. Produzirão intensa vibração com as asas, provocando calor. O superorganismo fica então febril. O canal para o exterior é desobstruído e os casais se precipitarão para fora. Como se fossem o sêmen oriundo da ejaculação do cupinzeiro, eles flutuarão por breves momentos, como uma gigantesca e efêmera nuvem de insetos.
O conceito de superorganismo foi formulado pelo entomologista americano W.M. Wheeler. Ele acreditou estar abrindo uma perspectiva incrível para a Biologia ao sugerir que cupinzeiros, colméias e formigueiros fossem estudados como simples indivíduos, em face dos mecanismos de seleção natural. Afinal, a autonomia característica do ser vivo, que resolve sozinho seus problemas de alimentação, reprodução e defesa, é expressada de forma diferente entre os insetos sociais. Ela é substituída pela ação das castas coletoras de alimentos, reprodutoras e defensoras. Nenhum indivíduo atua decisivamente como representante da colônia na luta pela sobrevivência.
Nenhum membro pode representar isoladamente um modelo ou padrão responsável pela evolução ou pela sobrevivência da colônia. Esse padrão está contido nos genes transportados pelas formas sexuadas e só se materializa após a fecundação e a conseqüente formação de uma nova colônia. Visto desta maneira, o conceito de superorganismo parece coerente. Mas não se deve esquecer que o sucesso dos atuais superorganismos repousa sobre um sem-número de vitórias e fracassos, ocorridos há milhões de anos, quando insetos primitivos, machos e fêmeas, se dispuseram a viver em conjunto.
Os atuais superorganismos indicam que alguns deles obtiveram grandes vantagens quando passaram a contar com um prole assexuada para garantir a sobrevivência da espécie. Então fica claro que o superorganismo é a expressão maior de uma espécie de inseto. Mais precisamente, talvez, de uma fêmea fecundada, pois a partir dela, e até que aconteça a próxima revoada para acasalamento, todos os genes que irão perpetuar a espécie estarão sob os cuidados desse dedicado e laborioso superorganismo.
A questão permanece, e é a mais atual para os cientistas e pesquisadores que se ocupam com a vida desses insetos. Afinal, que são eles, exatamente, os cupins, as vespas, abelhas, formigas, todos os insetos chamados sociais porque vivem em vastos aglomerados onde as funções são cuidadosamente divididas por castas?
Sem dúvida, é fascinante encarar uma formiga como uma célula de um organismo. Célula errante, que anda, comandada a distância pela ação de um hormônio social, ligada a uma legião de outras formigas exatamente iguais a ela. A tese de Wheeler fez grande sucesso, sobretudo entre os estudiosos da Sociobiologia, um novíssimo ramo da Biologia que pretende explicar o comportamento social dos animais a partir de fundamentos genéticos. Contudo, mesmo eles não utilizam o conceito do superorganismo em suas pesquisas, pois nada ajudaria na solução dos problemas de genética, comportamento e fisiologia com que se defrontam os pesquisadores que trabalham com os insetos sociais.

As poderosas da terra

Uma sociedade extremamente organizada, que não possui nenhum tipo de liderança. Parece impossível? Não no mundo das formigas. Pertencentes ao grupo de insetos sociais, elas vivem em colônias. Dentro do ninho, as tarefas são divididas entre as castas e cada uma cumpre seu papel.
A maioria das formigas em uma colônia é formada por fêmeas, reprodutoras (rainhas) e não reprodutoras (operárias). Essas últimas fazem o trabalho pesado: constroem o ninho, coletam comida e água, limpam, alimentam machos, larvas, e em alguns casos a rainha, e protegem o formigueiro. Em certas espécies, as soldados diferem-se das operárias comuns por terem partes do corpo maiores, principalmente cabeça e mandíbulas.
Uma colônia pode ter apenas uma ou várias rainhas. Em casos mais raros, não há nenhuma. A operária com maior porte físico e pré-disposição hormonal desenvolve um aparelho reprodutor e assume o posto.
É durante a revoada, geralmente na primavera, que rainhas virgens e machos voam do ninho para acasalar. Após o coito, ambos perdem as asas e retornam ao solo, onde a fêmea cava um buraco para iniciar a criação de sua própria colônia.
As formigas cortadeiras (coletoras de folhas) carregam dentro da boca um pedaço de fungo, tirado de sua colônia de origem. Ele dará início a um cultivo que será a refeição principal das formigas. Outros gêneros podem comer vegetais, grãos e alimentos diversos, como carnes e doces, e até outros insetos.
Nas espécies nas quais não ocorre revoada, uma das rainhas abandona seu formigueiro acompanhada de algumas operárias para fundar uma nova colônia.
Apesar de causarem estragos em plantações, residências e hospitais, podendo até colaborar com infecções, as formigas são muito úteis para a fertilização do solo, pela renovação do substrato orgânico e controle de outras pragas (pelas carnívoras).
Porém, as formigas só agem como pragas em ambientes alterados pelo homem, pois em áreas naturais fazem parte do equilíbrio ecológico.
Existem 9.536 espécies de formigas catalogadas no mundo, mas estima-se que a quantidade real seja cerca de 18.000. Só no Brasil são mais de 2.000 conhecidas.

Fonte: Galileu

Agora há provas: água da Terra pode ter se originado de cometas


O gelo do cometa Hartley 2 é muito semelhante à composição isotópica dos oceanos
Um estudo publicado na revista Nature mostra que a composição isotópica da água dos nossos oceanos é muito próxima a do cometa 103P/Hartley 2. A pesquisa é liderada pelo cientista Paul Hartogh do Instituto Max Planck em Lindau, na Alemanha, e Liz Dariusz, astrônomo americano da Caltech. O resultado levou em consideração dados e medições feitas pelo observatório Herschel ESA e da NASA.
A teoria mais aceita e bastante difundida é de que a origem da água na Terra teria ocorrido após 8 milhões de anos de seu nascido, em um período chamado por astrônomos de Bombardeio Pesado Tardio, onde o planeta se encheu de água, trazida por cometas e asteróides.
Até pouco tempo, cientistas pensavam que seria sim possível que a água tenha se acumulado em nosso planeta pelo bombardeio de cometas. Não existiam provas de que isso era possível, o que fazia os astrônomos imaginar que o total de água advindo do espaço não ultrapassasse os 10%. A nova pesquisa diz que este percentual pode ser bem maior.
A descoberta do cometa Hartley 2 mostrou que a proporção de deutério e hidrogênio e seus isótopos é praticamente a mesma a dos oceanos. A água congelada deste cometa tem 1 átomo de deutério para cada 6.200 átomos de hidrogênio. A proporção da água dos nossos mares é de 1 para 6.400.
Os cientistas analisaram também a composição da água de outros seis outros cometas, entre eles os mais famosos, como o Halley e Hale-Bopp, mas nenhum deles tem a composição próxima como o Hartley 2. Astrônomos acreditam que este cometa tenha sua origem no Cinturão de Kuiper, um local onde existem milhões de corpos gelados, rodeando nosso sistema solar.

Encontrado ancestral de caramujo que flutua através de bolhas de muco


Eles vivem suas vidas flutuando de cabeça para baixo no oceano, ligados à aglomerados de bolhas de muco que lhes dão flutuabilidade.
Cientistas descobrem que os caramujos que se locomovem com o auxílio de bolhas de muco, herdaram este talento de seus ancestrais. Neste processo, os caramujos deixaram de habitar o fundo dos oceanos, e passaram a flutuar livremente. Os caramujos ‘muco-y’ são conhecidos desde 1600, mas esta é a primeira vez que pesquisadores foram capazes de rastrear suas origens.
Os caramujos da espécie Janthina janthina, conhecidos também como caramujo marinho roxo, secretam muco e, a partir dele, constroem uma proteção para seu pequeno e frágil corpo que os ajuda a se locomover.
O novo estudo descobriu que estes animais são descendentes de uma espécie que vivia no fundo do oceano e se alimentavam de coral. Esta espécie se especializou e desenvolveu habilidades de locomoção que deram acesso a uma nova fonte de alimento, as águas vivas.
Pesquisadores da Universidade de Michigan, liderados pela estudante de pós- graduação, Celia Churchill suspeitavam de duas possibilidades: a primeira era que a estrutura que os auxilia na flutuação são uma versão avançada de uma técnica de locomoção do animal, denominada "droguing", a outra possibilidade é que as bolhas são versões modificadas de estruturas que seguravam os ovos em seus ancestrais.
As fêmeas dos caracóis ancestrais permaneciam ligadas em seus ovos através de redes de muco. As cápsulas dos ovos vazios poderiam ter capturado ar, fazendo com que os caracóis flutuassem. Este efeito temporário pode ter se tornado permanente através da produção de mais muco.
Qualquer um destes cenários parecia possível, pelo menos até quando Churchill e seus colegas receberem uma amostra preservada de um espécime de caracol australiano, chamado Recluzia.
"Comecei a dissecá-lo, e quando eu puxei a estrutura flutuadora, notei que havia minúsculos indivíduos de Recluzia e cápsulas dos ovos da fêmea grande", disse Churchill em um comunicado. As características de Recluzia sugerem que o caracol é uma forma de transição entre o caracol presente no fundo do oceano e os atuais, que são flutuantes. Seria, portanto, um elo perdido, que mostra claramente a evolução.
Segundo os pesquisadores, Recluzia desenvolveu sua flutuação e capacidade de carregar caracóis juvenis das massas de ovos que existiam no ancestral presente no fundo do oceano.  Como próximo passo, todos os indivíduos desenvolveram adaptações para começar a liberar suas próprias bolhas mucosas, formando a balsa flutuante encontrada hoje.  Em algumas espécies da família Janthinidae, as “bóias” ainda servem para transportar os ovos, enquanto outros caracóis carregam seus ovos dentro do próprio corpo.

Tiranossauro era maior do que se pensava


O tiranossauro, um dos maiores carnívoros terrestres de todos os tempos, era mais pesado, e crescia mais rapidamente do que se pensava, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira. Os cientistas que participaram da pesquisa projetaram digitalmente a massa corporal de cinco fósseis de tiranossauro, entre eles Sue, o animal em exposição no The Field Museum of Natural History, em Chicago, Illinois.
O esqueleto fossilizado mais completo e volumoso de um Tyrannosaurus rex de que se tem conhecimento foi encontrado em Dakota do Sul, no ano de 1990. Segundo o estudo divulgado nesta quarta, o réptil pesava pelo menos nove toneladas, 30% mais do que o calculado até agora, e media 3,5 metros de altura e 13 metros de comprimento. "Sabíamos que ele era grande, mas um aumento de 30% em seu peso é algo inesperado", destacou Peter Makovicky, funcionário do Field Museum e um dos principais redatores da publicação americana especializada em ciência PLoS One.
Ao contrário dos métodos empregados até agora, a nova fórmula utiliza esqueletos fossilizados montados para indicar, com o uso da informática, a massa corporal desses dinossauros bípedes, que desapareceram há 65 milhões de anos. As estimativas anteriores baseavam-se em modelos que levavam em conta apenas os esqueletos - o que pode aumentar até os menores erros -, ou em animais vivos, porém dotados de corpos muito diferentes do dos dinossauros", explicou Makovicky.
O novo enfoque também leva em conta três modelos, que consideram três tipos de dinossauro: os bem-alimentados, os desnutridos e os obesos, segundo as variações inerentes à natureza. "Isso permite evitar escolher um resultado de forma arbitrária", destacou Karl Bates, da Universidade de Liverpool, Grã-Bretanha, que participou do estudo.
Os cientistas descobriram ainda que o tiranossauro crescia duas vezes mais rapidamente do que se pensava, somando até 1.790kg por ano durante a fase de crescimento. Esse desenvolvimento rápido, até chegar a um tamanho gigantesco, foi obtido em detrimento de sua agilidade, destacaram os autores do estudo.
Ao crescer, o torso do tiranossauro se alongava e se tornava mais pesado, enquanto suas extremidades permaneciam relativamente curtas e leves, deslocando o centro de gravidade para a frente.
Fonte: Veja

Tubarão branco corre risco de extinção

Habitam o planeta há 16 milhões anos mas hoje o tubarão branco é mais uma na longa lista de espécies em perigo de extinção que podem desaparecer antes de, por exemplo, uma criança poder conhecê-lo.
Celebridades no grande ecrã, muito pelo inesquecível filme de Steven Spielberg e as suas sequelas, estes animais de tamanho descomunal são afinal vítimas de massacres apenas por uma sopa ou por um pequeno pingente feito com os seus dentes.
O perigo de extinção não afeta só o tubarão branco. Um estudo recente mostra os graves problemas que enfrentam outras espécies de tubarões por causa da pesca na Grande Barreira de Coral na Austrália, e no declínio generalizado em todos os oceanos.
Escreve o jornal espanhol “El Mundo” que conforme publicado no “PLos ONE”, os biólogos Hisan Mizue, Sean Connolly e William Robbins, da Universidade James Cook, na Austrália, afirmam que em cinquenta anos as populações de tubarões caíram devido à pesca.
Connolly reconhece que é difícil ter números precisos sobre quantos desapareceram, mas, diz o biólogo, basta fazer uma abordagem na indústria da pesca para saber que a situação é terrível, existem relatórios errados sobre as capturas. Muitos são atirados ao mar depois de mortos.
Apesar das diferentes combinações de dados, o resultado é sempre o mesmo: os tubarões estão diminuindo em todos os oceanos. Contudo, se fossem protegidos as populações poderiam recuperar.
Essa parece no entanto, uma missão impossível enquanto a perseguição continuar ser regra. Na Tailândia, por exemplo, onde cada vez se vê menos tubarões, a sopa de barbatana de tubarão continua sendo considerada uma iguaria nos melhores restaurantes. De acordo com a ONG tailandesa “The Dive Tribes” a frota de pesca do país captura por ano 22 mil toneladas de tubarões para abastecer o mercado interno e exportar para a China. Com o aumento do nível de vida naquele país, são milhões os que agora consomem um produto que anteriormente era consumido apenas por uma minoria.

Fonte: Anda

Elefantes são 'engenheiros' que ajudam na biodiversidade, diz estudo

Um estudo de cientistas americanos afirma que áreas destruídas por elefantes abrigam mais espécies de anfíbios e répteis do que aquelas que ficam intocadas, o que faz dos paquidermes verdadeiros "engenheiros ecológicos".
Os pesquisadores encontraram 18 espécies de animais em locais altamente danificados pelos elefantes, enquanto as áreas intactas tinham apenas oito. As descobertas foram publicadas na revista African Journal of Ecology.
"Elefantes, junto de algumas outras espécies, são considerados engenheiros ecológicos porque as suas atividades modificam o habitat de uma maneira que afeta muitas outras espécies", explica Bruce Schulte, da Universidade Western Kentucky (EUA).
"Eles fazem de tudo, desde cavar com suas patas dianteiras, puxar grama e derrubar grandes árvores. Assim, realmente mudam a paisagem."
O cientista afirma que o sistema digestivo dos elefantes, por não processar muito bem todas as sementes que eles comem, também ajuda na modificação do habitat.
"Como as fezes são também um ótimo fertilizante, os elefantes são capazes de rejuvenescer a paisagem ao transportar sementes para diferentes lugares", disse Schulte à BBC.
A equipe da Universidade Georgia Southern (EUA) realizou o estudo entre agosto de 2007 e fevereiro de 2008 no rancho Ndarakwai, uma área de 4,3 mil hectares no nordeste da Tanzânia.
Os cientistas identificaram áreas com grandes, médios e baixos danos causados por elefantes criados livremente, em comparação com uma área de 250 hectares que foi isolada de grandes herbívoros, como elefantes, girafas e zebras.
Ao buscar amostras de espécies, os pesquisadores encontraram "uma tendência de maior riqueza em áreas com danos causados por elefantes do que na vegetação florestal."

Melhores amigos dos sapos 

No artigo, os cientistas concluem que a diferença na riqueza animal nas áreas danificadas era provavelmente resultado da "engenharia" dos elefantes, gerando novos habitats para uma diversidade de espécies de sapos.
"As crateras e destroços de madeira formados por árvores quebradas e arrancadas pela raiz (aumentaram) o número de refúgios contra predadores", diz o estudo.
Os cientistas afirmam ainda que os locais também favoreceram insetos, que se tornaram uma importante fonte de comida para anfíbios e répteis.
Schulte afirma que a descoberta traz implicações para estratégias de manutenção do habitat e da vida selvagem.
"Se estamos administrando o habitat, então claramente temos que saber para que o estamos administrando", diz.
"O que este estudo aponta é que, embora algumas coisas não pareçam particularmente boas para o olho humano, isto não significa necessariamente que isto é prejudicial para toda a vida que está ali."

Fonte: BBC

Bituca também é lixo!

O “lançamento de bitucas” é um dos esportes mais praticados por fumantes no Brasil. No entanto, esse resíduo aparentemente pequeno pode causar grandes danos ambientais e deve ser destinado corretamente, assim como os detritos recicláveis ou orgânicos.
É óbvio que o local apropriado para o descarte das guimbas, como as bitucas são popularmente conhecidas, não são as ruas. Ao entrar em contato com a água, as substâncias que compõem o cigarro, como o arsênio, por exemplo, podem atingir lençóis freáticos ou até mesmo permanecerem armazenadas nas superfícies de plantas e animais. Segundo o biólogo Aristides Almeida Rocha, duas bitucas são suficientes para contaminar o equivalente a um litro de esgoto.
Essas pequenas pontas de cigarro podem permanecer por até cinco anos na natureza até se decompor. Assim, mesmo que não entrem em contato com os recursos hídricos, os contaminantes podem atingir o solo ou prejudicar animais, que acabam se alimentando do material. Existe também a questão estética, já que é comum ver paisagens maravilhosas sendo estragadas por conta de bitucas jogadas no chão.
Uma das desculpas mais usadas pelos fumantes que não têm consciência ambiental é a falta de lixeiras espalhadas pelas cidades. No entanto, este não é motivo para que elas sejam simplesmente jogadas nas ruas. Existem bituqueiras e outras alternativas que podem ser usadas para armazenar estes resíduos até que se encontre o local correto para o seu descarte. Uma das opções simples é reaproveitar tubos de filmes fotográficos, que manterão as bitucas vedadas e impedirão que o odor se espalhe pelas bolsas.
Outra sugestão é segurar a guimba até que uma lixeira seja encontrada. Aliás, isto deve ser aplicado ao descarte de qualquer resíduo. A última opção, para quem quer ser mais “educado”, mas não quer ter o trabalho de carregar um bituqueiro ou segurar a ponta do cigarro até encontrar uma lixeira, é parar de fumar. Assim o meio ambiente e a saúde serão preservados. A redução no consumo de cigarro influencia a utilização de recursos naturais em sua fabricação e também a quantidade de dinheiro público gasta para limpar bueiros entupidos por bitucas ou tratamento da água contaminada.
Quando as pontas dos cigarros são descartadas da maneira correta, elas podem passar por tratamentos que retiram os elementos químicos e qualquer outro item que possa ser contaminante e transforma-as em matéria-prima. Em alguns casos elas se tornam papel, artesanato e até mesmo tecido.
Bituca também é lixo, portanto merece ser descartada no local correto: o lixo e, de preferência, o reciclável.

Fonte: Ciclo Vivo

Minhocas podem combater eventos causados pelas mudanças climáticas

Uma grande pesquisa de quatro anos, feita em Leicestershire (Reino Unido), apoiada pelo Heritage Lottery Funding, revelou que 40% dos agricultores envolvidos no estudo reconheceram os sinais das mudanças climáticas e estão prontos para combatê-la.
Em vez de apenas se esquivar e fornecer alimento para aves, as minhocas vêm cavando seu caminho pelo solo há 300 milhões de anos e isso pode ajudar a prevenir inundações e secas, causadas por ciclos de tempo seco e chuvas de monção que ocorrem frequentemente por conta do aquecimento global. Segundo os pesquisadores britânicos do Game and Wildlife Conservation Society, é justamente neste ponto que as minhocas podem ajudar o planeta.
Uma minhoca é capaz de comer um terço do seu próprio peso em terra por dia. Quando as minhocas cavam túneis o solo absorve mais água, o que significa que em seus milhões, podem transformar o solo em uma grande esponja absorvendo água de enchentes, mas retendo-a durante os períodos de seca.
"Nossa pesquisa mostra que os agricultores podem fazer uma diferença enorme para ajudar a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Quando os campos não são lavrados, a condição do solo é melhorada naturalmente pelo tunelamento de minhocas, que absorvem a água a uma taxa de quatro a dez vezes mais que de campos que estão sem esses túneis”, explica o Dr Chris Stoate, chefe de pesquisa do Projeto agrícola Allerton.
"Este processo ajuda o solo a absorver a água durante as tempestades e retê-la durante a seca. Também ajudou a amortecer nosso fluxo de enchentes durante chuvas fortes", disse Stoate.
Uma das principais recomendações do estudo é para os agricultores reduzirem a lavoura tradicional e aproveitarem o poder do “exército de micróbios” ecologicamente corretos e das minhocas que vivem no solo.
O estudo também descobriu outros impactos que a mudança climática poderia ter na agricultura e vida selvagem, bem como em nível doméstico. O estudo revelou, por exemplo, o uso da água limpa e que, potencialmente, o conceito de "pegada de água" pode ser usado positivamente para tornar os consumidores mais conscientes de sua demanda sobre os recursos hídricos.
"Na década de 1930 cada pessoa usava cerca de 15 litros de água por dia. Hoje, cada um de nós usa cerca de 150 litros. Isso equivale 55 kg de CO2 por pessoa ao longo do ano. Grandes quantidades adicionais de água são usadas para produzir alimentos e outros bens neste país e no exterior, e o conceito de uma pegada hídrica, como base, para um sistema de rotulagem foi recebida positivamente por pessoas que estavam envolvidas em nosso estudo e que vivem na bacia. Isto ocorreu principalmente porque aumentou a consciência sobre o consumo de água e a ameaça que isto representa", declarou Stoate.
A minhoca tem provado ser uma das grandes sobreviventes da natureza e também um jogador vital para o ambiente, quebrando solo, reciclando nutrientes e sendo uma parte importante da cadeia alimentar das terras agrícolas. Pássaros tão variados como urubus, corujas e falcões todos se alimentam de minhocas.
Algumas podem viver dez anos e, embora não tenham dentes, braços, olhos e pernas podem mover-se 8,2 metros por hora sob o solo. Com informações do Game and Wildlife Conservation Society.


Fonte: Ciclo Vivo

O ancestral comum de muitas espécies era mais complexo do que imaginávamos


A sopa química dos quais toda a vida evoluiu, eventualmente poderia ter sido mais complexo do que se pensava, segundo um novo estudo.
Até hoje, um dos grandes mistérios para a ciência é a origem dos seres vivos. Acredita-se que a vida na Terra surgiu há cerca de 3,5 bilhões de anos, a partir de moléculas orgânicas simples. De acordo com a hipótese da evolução gradual dos sistemas químicos, criada por Alexander Ivanovich Oparin e John Haldane, existia uma espécie de sopa, rica em aminoácidos e proteínas, a partir da qual surgiram os primeiros seres vivos.
Pouco se sabe sobre o último ancestral comum universal, conhecido como LUCA (last universal common ancestor), hoje rastreável em todos os domínios da vida: plantas, animais, fungos, algas, etc.
Entretanto, a nova pesquisa, publicada na revista Biology Direct, afirma que o organismo inicial pode ser mais sofisticado do que presumido, com uma estrutura complexa que faz com que seja identificável como uma célula.
Os cientistas encontraram uma alta concentração de polifosfato, um tipo de moeda de energia existente nas células e, este polifosfato, representa a primeira organela universal conhecida. Organela é um termo utilizado para descrever estruturas, dentro das células, que apresentam funções especializadas e são, geralmente, delimitadas por membranas.
Até então acreditava-se que as organelas estavam presentes apenas em organismos mais complexos, como plantas e animais – não sendo comum aos três ramos principais da árvore da vida (bactérias, archaebacterias e eucariontes).
No entanto, ainda em 2003, a mesma equipe envolvida neste projeto, demonstrou a existência de um acúmulo de polifosfato em bactérias, muito similar física, química e funcionalmente a uma organela chamada acidocalcisome, econtrada em muitos seres eucariontes unicelulares. Sendo assim, há indícios de que a acidocalcisoma surgiu antes da linhagens de bactérias e eucariontes se separarem na linhagem evolutiva, tornando-se a organela mais antiga conhecida até o momento.
O estudo atual, realizado na Universidade de Illinois, envolveu a análise de uma proteína enzimática comum aos três ramos da árvore da vida: a V-H+PPase. Foram comparados os genes decodificadores desta substância de centenas de organismos.
A partir destes resultados genéticos, os pesquisadores então construíram uma “árvore genealógica”, que mostrou como as diferentes versões da enzima de cada organismo se relaciona.
Para os pesquisadores, para que a enzima exista em todos os três ramos, ela tem que ter se originado no LUCA. "Há muitos cenários possíveis que poderiam explicar isso, mas o mais provável seria que já tinha a enzima antes mesmo de diversificação inicial da na Terra", explica o professor Gustavo Caetano-Anollés.
Estas descobertas sugerem que o LUCA pode ter sido mais complexo do que se imaginava, ainda mais até do que organismos muito simples que existem atualmente. Sendo assim, estes organismos pouco complexos existentes hoje, podem ter se simplificado durante o processo evolutivo, ao invés de se tornar cada vez mais complexos, como seria de se esperar.
“Alguns argumentaram que a razão das bactérias serem tão simples é porque elas têm de viver em ambientes extremos e se reproduzem muito rapidamente. Assim, elas podem realmente ser versões reduzidas do que havia originalmente. De acordo com essa visão, elas se tornaram simplificadas genética e estruturalmente”, afirma James Whitfield, professor de entomologia na Universidade do Illinois e co-autor do estudo.
"Nós podemos ter subestimado a complexidade deste ancestral comum”, completa o professor.

Planta sul-africana desenvolve apêndice para atrair pássaros


Um vegetal nativo da África do Sul, chamado de “rabo-de-rato” (Babiana Ringens) deu mais uma mostra da evolução para sobrevivência da espécie. Aparentemente, a planta desenvolveu no seu tronco, que não tem galhos, uma cúpula para que os pássaros possam ser atraídos, beber néctar e fertilizar a planta no processo.
A descoberta foi feita por pesquisadores do Canadá e da própria África do Sul. Eles observam, desde 2003, que a planta é polinizada exclusivamente por pássaros. Isso é muito incomum, especialmente porque a Babiana Ringens é uma planta rasteira, e as aves evitam se alimentar muito próximas do solo, devido a predadores que não podem voar. Logo, a planta teve que desenvolver uma tática toda especial para chamar a atenção dos pássaros.
Isso deu origem, ao longo do tempo, a uma cúpula cheia de pólen que não era parte original do vegetal. Os cientistas descobriram, a partir de experimentos, que esta cúpula existe apenas quando há pássaros na região: se não houver, ela encolhe e vira um órgão sem utilidade. Biologicamente, essa condição é chamada de relaxed selection (literalmente, “seleção relaxada”): quando certa parte do corpo vegetal perde a função, é descartada naturalmente.
Fonte: Hype Science