Encontrado nova espécie de planta que consegue enterrar suas próprias sementes .

A nova planta se curva e coloca os frutos no solo, podendo até enterrá-los.
A nova espécie denominada Spigelia genuflexa, foi encontrada no quintal de Alex Popovkin, um coletor de plantas locais e botânico amador na zona rural do nordeste da Bahia. O trabalhador braçal, José Carlos Mendes Santos, a encontrou e chamou a atenção de Alex para o comportamento peculiar da planta.
No primeiro ano de observação, foram encontradas apenas algumas plantas minúsculas no campo de Popovkin. As plantas não sobreviveram durante a estação seca, reaparecendo no mesmo ponto no início da temporada de chuva. De acordo com os cientistas, isso pode ser explicado pelo sistema de propagação característico desta nova espécie encontrada.
Para conseguir identificá-la, eles utilizaram a internet para entrar em contato com especialistas em taxonomia. Cientistas de diversos países tiveram acesso a fotos e características da planta e passaram a trabalhar em conjunto na identificação da família e gênero, até que um botânico brasileiro sugeriu que poderia se tratar de uma nova espécie.
A planta, que possui apenas 3 cm de altura com flores brancas e rosas, tem como característica principal a geocarpia, um processo especial de frutificação.
Depois que os frutos são formados, as plantas dessa espécie dobram seus ramos em direção ao solo, fazendo uma genuflexão. Com isso, deposita seus frutos garantindo que as sementes fiquem bem próximas da planta-mãe. Em alguns casos, pôde ser observado sementes enterradas em uma superfície macia de musgo.
"É muito fácil pensar que já encontramos e descrevemos a maioria das espécies de plantas do mundo, mas esta descoberta mostra que há [muitas] espécies ainda sem nome e reconhecimento", disse Lena Struwe, um especialista da Universidade Rutgers, em um comunicado. Struwe trabalhou com Santos e Popovkin para identificar o gênero da planta.
A descrição completa desta nova espécie será divulgada ainda esta semana na revista taxonômica Phytokeys.

Fonte: Jornal Ciência

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