As poderosas da terra

Uma sociedade extremamente organizada, que não possui nenhum tipo de liderança. Parece impossível? Não no mundo das formigas. Pertencentes ao grupo de insetos sociais, elas vivem em colônias. Dentro do ninho, as tarefas são divididas entre as castas e cada uma cumpre seu papel.
A maioria das formigas em uma colônia é formada por fêmeas, reprodutoras (rainhas) e não reprodutoras (operárias). Essas últimas fazem o trabalho pesado: constroem o ninho, coletam comida e água, limpam, alimentam machos, larvas, e em alguns casos a rainha, e protegem o formigueiro. Em certas espécies, as soldados diferem-se das operárias comuns por terem partes do corpo maiores, principalmente cabeça e mandíbulas.
Uma colônia pode ter apenas uma ou várias rainhas. Em casos mais raros, não há nenhuma. A operária com maior porte físico e pré-disposição hormonal desenvolve um aparelho reprodutor e assume o posto.
É durante a revoada, geralmente na primavera, que rainhas virgens e machos voam do ninho para acasalar. Após o coito, ambos perdem as asas e retornam ao solo, onde a fêmea cava um buraco para iniciar a criação de sua própria colônia.
As formigas cortadeiras (coletoras de folhas) carregam dentro da boca um pedaço de fungo, tirado de sua colônia de origem. Ele dará início a um cultivo que será a refeição principal das formigas. Outros gêneros podem comer vegetais, grãos e alimentos diversos, como carnes e doces, e até outros insetos.
Nas espécies nas quais não ocorre revoada, uma das rainhas abandona seu formigueiro acompanhada de algumas operárias para fundar uma nova colônia.
Apesar de causarem estragos em plantações, residências e hospitais, podendo até colaborar com infecções, as formigas são muito úteis para a fertilização do solo, pela renovação do substrato orgânico e controle de outras pragas (pelas carnívoras).
Porém, as formigas só agem como pragas em ambientes alterados pelo homem, pois em áreas naturais fazem parte do equilíbrio ecológico.
Existem 9.536 espécies de formigas catalogadas no mundo, mas estima-se que a quantidade real seja cerca de 18.000. Só no Brasil são mais de 2.000 conhecidas.

Fonte: Galileu

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