Pesquisa mostra que mamutes e elefantes podem ter se miscigenado formando novas espécies

Pesquisadores identificaram uma espécie de elefante muito maior do que as conhecidas até então; a descoberta indica que os mamutes podem ter cruzado regularmente com alguns tipos completamente distintos de elefantes. Cientistas afirmam que o cruzamento entre as espécies não é improvável.

O Mamute Lanudo (Mammuthus primigenius) habitou a Terra há aproximadamente um milhão de anos. A espécie era amplamente encontrada em regiões da Europa, Ásia e da América do Norte. A extinção destes animais se deu há mais ou menos 10000 anos. O Lanudo vivia em ambientes de clima frio onde predominava a vegetação da tundra. O Mamute Colombiano, diferentemente dos demais de sua família, habitou lugares temperados do sul e centro da América do Norte.

Segundo cientistas da Universidade de McMaster, no Canadá, as duas espécies - fisicamente bem diferentes e que segundo pesquisas anteriores seriam separados por cerca de um milhão de anos – teriam cruzado. Para chegar a tais conclusões os estudiosos investigaram a evolução dos Mamutes Colombianos e a partir de análises do material genético obtido através dos dentes fossilisados encontrados no sítio em Huntington e em Utan. O material fossilizado tinha aproximadamente 11 milhões de anos; o estudo focou no DNA mitocondrial que é de origem materna.

Com estas pesquisas os estudiosos identificaram que o genoma mitocondrial do Mamute Colombiano é extremamente similar ao de outras espécies encontradas no hemisfério Norte. As descobertas das evidências genéticas confirmam os resultados de estudos realizados em laboratório. O cientista Jacob ENK acredita que o material genético encontrado revela que os vestígios encontrados pertenciam ao híbrido genético.

As conclusões apresentadas indicam que alguns fósseis de mamíferos possuem características intermediárias entre as duas espécies de mamutes. A comprovação só será possível com o sequenciamento do DNA das espécies que deram origem ao vestígio encontrado. O estudo detalhado foi publicado na revista online Genome Biology.

Fonte: Jornal Ciência

0 comentários:

Postar um comentário