Lua de Saturno pode ter chuva de metano

Cientistas do laboratório de física da Universidade de Johns Hopkins acreditam na possibilidade de uma grande chuva de metano em Titã, maior lua de Saturno.

Titã apresenta lagos de metano em altas latitudes e regiões equatoriais áridas com a presença de dunas. A área desértica da lua possui uma rede de canais secos que podem representar um passado de clima úmido. Imagens captadas pela sonda Cassini revelam indícios de chuvas sazonais após o equinócio - quando o sol está sobre o equador e ocasiona a mudança de estações - de agosto de 2009. As descobertas mostraram que os sistemas climáticos da atmosfera de Titã e as transformações em sua superfície sofrem influências das estações do ano.

As mudanças ocorreram algumas semanas após o fenômeno climático; os cientistas identificaram uma grande mancha escura de área correspondente aos estados do Arizona e Novo México. De acordo com as explicações apresentadas no estudo publicado na revista Science, a sombra era conseqüência do solo úmido depois da tempestade de metano. Em Titã as nuvens são formadas por hidrocarbonetos (como metano e etano) que compõe um sistema semelhante ao ciclo da água do planeta Terra. O metano enche lagos, satura nuvens e cai na forma de chuva. Entretanto os pesquisadores acreditavam até então que o metano existisse apenas nas regiões polares da lua.

O movimento de rotação de Titã dura 16 dias terrestres e a atmosfera do satélite possui padrões simples de circulação, fazendo com que suas nuvens possam se movimentar com maior facilidade de um hemisfério para outro, levando assim umidade e chuvas para outras regiões. Ainda não existem evidências de que líquidos realmente fluíram na superfície da lua. Quanto à possibilidade de existência de vida os pesquisadores concluem que esta não deve existir na forma que conhecemos, pois ainda não há relatos sobre a presença de água em Titã.

Fonte: Jornal Ciência

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